Data de publicação: 08-07-2024 21:15:00 - Última alteração: 08-07-2024 21:17:09

Audiência pública ressalta a importancia da Serra da Gandarela

Centro de Integração Empresa Escola de Minas Gerais -  CIEE
Fotos: Alexandre Netto

As rochas ferruginosas que indicam a presença de minério de ferro, transforma o Parque Nacional Serra da Gandarela em alvo de mineração. Na audiência pública desta segunda-feira (8), especialistas alertaram que 70% da água para abastecer a capital e a região metropolitana, vem do Gandarela.

O Parque Nacional Serra da Gandarela completa dez anos. Localizado entre Nova Lima e Rio Acima, é uma reserva hídrica subterrânea valiosa e um ecossistema único no mundo.

Pesquisadores afirmam que as águas subterrâneas da região têm um volume quatro vezes maior que na superfície. A deputada Bella Gonçalves (Psol) destacou a importância do parque, criado por decreto federal em 2014.


A criação do parque visava proteger essa área, mas o plano de manejo ainda não foi concluído. A falta de regularização fundiária, com praticamente 100% das propriedades em mãos de particulares, e a necessidade de mais servidores também foram discutidas.

O geólogo Paulo César Rodrigues explicou que as águas subterrâneas do Gandarela são 40 vezes mais abundante que a água na superfície e essenciais para a recarga da bacia do Rio Paraopeba, principalmente após o desastre causada pela Vale em Brumadinho.


Riqueza ecológica e pressão minerária

O representante da Comissão de Meio Ambiente e Biodiversidade do Conselho Regional de Biologia, Flávio Fonseca do Carmo, ressaltou que o ecossistema ferruginoso de Minas, embora ocupe apenas 0,3% do território mineiro, concentra 14% das cavernas e quase 30% das espécies de plantas do estado, além de 78% da água do Quadrilátero Ferrífero. A canga do Gandarela, com mais de 65 milhões de anos, é única no mundo.

Já o representante do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio), Frederico Martins, frisou a importância da criação do parque e a necessidade de um plano de manejo claro para definir a área de amortecimento. 

Marcus Vinícius Polignano, do Instituto Guaicuy, destacou que essa área de amortecimento já existe e deve ser respeitada.


Mobilização e recursos necessários

A doutora em Ecologia pela UFMG, Gisela Herrmann, chamou atenção para a necessidade de direcionar recursos para o Gandarela e destacou a riqueza da flora local. 

As deputadas Bella Gonçalves e Beatriz Cerqueira (PT) criticaram a gestão do governador Romeu Zema pela aliança com a mineração e a contratação de consultorias privadas para pareceres ambientais.


Fonte: ALMG
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