Data de publicação: 27-10-2016 00:00:00

ARTIGO - Travessia para o mercado de trabalho

Jornal Diário de Contagem On-Line
Foto: Reprodução Internet
 
Sebastião Alvino Colomarte*
 
ARTIGO - Qual o jovem que não sonha em estudar, concluir o curso e ingressar no mercado de trabalho? Com muita dedicação, perseverança, trabalho e estudo será sempre possível navegar em águas tranquilas e atingir o objetivo almejado. De fato, não é de hoje que professores e especialistas em educação alertam para a perda da qualidade do ensino fundamental e do ensino médio do Brasil, como consequência do baixo aproveitamento dos alunos que chegam às universidades e da grande dificuldade desses em competir em espaços mais exigentes do mercado de trabalho.
 
Um dos indícios que retrata a fragilidade do ensino no país é o Exame Nacional de Ensino Médio (Enem), realizado em 2015, cujo resultado divulgado em setembro deste ano apontou que do ranking das 100 melhores escolas brasileiras, somente três são públicas: Colégio de Aplicação da Universidade Federal de Viçosa; Colégio Politécnico da Universidade Federal de Santa Maria, no Rio Grande do Sul; e o Colégio de Aplicação da Universidade Federal de Pernambuco.
 
Considerada a média aritmética das quatro provas objetivas, a comparação entre as escolas mostra que existe um hiato entre como as redes privadas e públicas se saem no Enem. Se por um lado as escolas públicas representem 58,2% do total de escolas na lista divulgada pelo Ministério da Educação (MEC), essas respondem apenas por 0,3% das 100 escolas com as médias mais altas e 4,9% das mil escolas com as maiores médias.
 
Está comprovado que mais de 50% dos alunos que conseguem ingressar no ensino médio fazem desse nível a terminalidade de seus estudos. Verifica-se com os resultados do Enem que para o governo a educação continua sendo um bem supérfluo, como era no passado. A reforma do ensino médio, proposta pelo MEC e em discussão no Congresso Nacional poderá corrigir essas distorções.
 
O problema é que são milhares de jovens que, ávidos pelo conhecimento, matriculam-se em uma escola e, ao final, não conseguem fazer essa travessia, que é a consequente inserção no mercado de trabalho. Mas, afinal, por quê? A maioria das escolas não proporciona condições ao aluno nem oferece as ferramentas adequadas como orientação profissional, contatos com as empresas, acompanhamento de egressos, realização de parcerias com o mercado de trabalho, que hoje é mais complexo, exigente e seletivo.
 
Muitas vezes, a empresa oferece uma oportunidade de trabalho para determinada área, porém, não consegue um profissional qualificado e com o perfil adequado para a mesma. Nesse contexto, falta ainda ao aspirante a uma oportunidade de trabalho a experiência prática, vivenciada fora do ambiente escolar.
 
 O estágio, por meio do exercício da prática profissional, é que vai permitir àquele estudante vivenciar essa realidade, facilitando a sua inserção no mercado de trabalho. E o Centro de Integração Empresa-Escola de Minas Gerais orgulha-se de ter beneficiado mais de 1 milhão de estudantes com seus programas Estágios e Aprendizagem, atuando há mais de três décadas em todo o Estado.


*Professor e superintendente-executivo do CIEE-MG - Centro de Integração Empresa-Escola de Minas Gerais
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