Data de publicação: 17-11-2016 00:00:00

ARTIGO - Serviço civil comunitário

Centro de Integração Empresa Escola de Minas Gerais -  CIEE
Foto: Reprodução Internet
 
Por Sebastião Alvino Colomarte*
 
Você já imaginou como os estudantes de educação superior matriculados em universidades ou faculdades públicas poderiam ajudar as comunidades carentes? De acordo com a área de formação acadêmica e supervisionado por um tutor, membro da escola ou do conselho de classe, cada estudante poderia ter como uma de suas tarefas dedicar-se, pelo menos uma vez por semana, durante quatro horas, a um balcão de atendimento a pequenas causas na área do direito; em um posto de saúde ou hospital público; à alfabetização de adultos; ou no desenvolvimento de atividades esportivas, culturais, ambientais.
 
Essa seria uma pequena contrapartida dos estudantes que têm os cursos custeados pelo governo, ou seja, pelo contribuinte brasileiro. Ao final de um período pré-determinado, esses, tendo prestado o serviço civil comunitário, não só estariam mais bem preparados e conhecedores das realidades regionais brasileiras, mas, também, teriam absorvido um bem precioso: a experiência prática na área de formação, um importante facilitador para o ingresso no mercado de trabalho.
 
Os estudantes que aderissem a essa iniciativa de ação social poderiam, por exemplo, fazer jus a uma pequena bolsa-auxílio e até obter um bônus extra quando participassem de processo de concurso público. Seria essa uma forma de atraí-lo e compensá-lo por dedicar um pouco de tempo às causas sociais.
 
Uma vez que a norma da gratuidade do texto da Constituição de 1988 veda qualquer tipo de cobrança pelos cursos oferecidos pelas instituições públicas de ensino, seja em pecúnia ou trabalho, durante ou após os estudos realizados, esse serviço civil comunitário seria desenvolvido de forma voluntária.
 
Não tenho dúvida de que isso traria um grande benefício para o país. Seria um modo de levar os jovens a prestar ajuda às comunidades, especialmente às mais carentes, onde os serviços básicos são quase inexistentes. E isso só depende da boa vontade dos políticos e da iniciativa e empenho do governo.
 
Seria de bom grado se o poder público propiciasse as condições econômicas, além de uma boa infraestrutura, para possibilitar aos recém-formados a chance de exercerem a profissão com responsabilidade social. Agindo dessa maneira, essa seria a contrapartida oferecida pelos estudantes de faculdades e universidades governamentais para compensar parte dos investimentos neles feitos com recursos públicos.
 
O Centro de Integração Empresa-Escola de Minas Gerais (CIEE/MG), como associação social de interesse público, que desenvolve ações para o desenvolvimento do jovem e o preparo para o exercício da cidadania e integração ao mercado de trabalho, está apto a colaborar com essa iniciativa. A instituição pode detectar os locais em todo o território mineiro onde o serviço civil voluntário poderia ser implementado e orientar esses futuros voluntários.
               
*Professor e superintendente-executivo do CIEE/MG
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