Data de publicação: 05-01-2017 15:30:00

ARTIGO – Teoria e prática são indissociáveis

Jornal Diário de Contagem On-Line
Foto: Reprodução Internet
 
Sebastião Alvino Colomarte*
 
São João Maria Vianney, o Santo Cura d´Ars, ensina-nos que “os filhos se lembrarão muito mais do que os pais tiverem sido do que daquilo que tiverem dito”. Como pai, posso dizer isso como uma verdade insofismável. De fato, o aluno se lembrará muito mais daquilo que aprendeu com a prática do que daquilo que aprendeu com a teoria.
           
A minha vigência como professor e a minha experiência de quase 40 anos no Centro de Integração Empresa-Escola de Minas Gerais (CIEE/MG) no encaminhamento de estudantes para estágios têm demonstrado que todo ensinamento teórico deve ser seguido da prática correspondente.
           
Grava-se mais na mente do aluno quando ele aprende e pratica do que quando apenas ele ouve. Por exemplo: não se consegue formar um mecânico ensinando-lhe apenas teoria. Ele tem que praticar montando e desmontando o motor e outras peças.
           
A primeira oportunidade para um jovem de 16 a 18 anos, sem experiência, não é tarefa fácil, uma vez que, para o mercado de trabalho, experiência na área é imprescindível. É por meio do experimento que se estabelece e se revela a aptidão do recém-formado.
           
Mas, afinal, a quem cabe conceder esta primeira chance? Instituição como o CIEE/MG nasceu com esta missão. Com o apoio das empresas e das escolas, o verdadeiro papel é encurtar esse caminho, que se torna cada vez mais importante na vida do estudante.
           
Como muitas das vezes o mundo do fazer (a prática nas empresas e organizações) fica distante do mundo do saber (escolas), unir a teoria e a prática e ter a compreensão exata desses elementos vai depender, também, do acúmulo de conhecimentos adquiridos dentro e fora do ambiente escolar, principalmente quando aliados à experiência prática vivenciada em uma empresa ou organização de qualquer natureza.
           
As grandes empresas têm optado pelas denominadas universidades corporativas para melhor preparar os recursos humanos de acordo com as necessidades. Mas isso não resolve o problema de milhares de jovens já formados e que não conseguem o primeiro emprego por falta de experiência na linha de formação.
           
Se, de um lado, algumas empresas têm procurado resolver os problemas de mão de obra qualificada usando esses recursos, as escolas têm investido muito pouco nos alunos visando proporcionar-lhes uma prática adequada.
           
A parceria escola-empresa (muito utilizada em países desenvolvidos) pode ser vista como uma boa solução para o Brasil. Importante é compreender e intermediar essa parceria sempre como um processo de educação continuada. E o CIEE/MG, como uma entidade social de interesse público e no papel de Agente de Integração, estará sempre à disposição do estudante para ajudá-lo nessa empreitada. 

*Professor e superintendente-executivo do Centro de Integração Empresa-Escola de Minas Gerais
 
 
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