Foto: Google Street View
A falta de material e medicamentos para pacientes e as más condições de trabalho oferecidas aos funcionários na Unidade de Pronto-Atendimento (UPA) JK, no bairro Eldorado, foram discutidas na última reunião plenária da Câmara Municipal de Contagem, na terça-feira (11).
Na ocasião, o presidente da Comissão de Saúde da Casa, Dr. Wellington Ortopedista (PDT), solicitou que a prefeitura advirta e desconte repasses de recursos para a Organização Social de Saúde (OS) que administra a unidade – a única do município que é terceirizada. As irregularidades já haviam sido denunciadas pelos parlamentares após uma visita feita no final do mês passado.
Na época, a Comissão apurou a falta de remédios, problemas na estrutura física da UPA e grande número de pacientes internados em uma sala sem condições adequadas. De acordo com Dr. Wellington, a coordenação da unidade alegou atrasos no repasse de recursos por parte do Executivo, que apresentou outra explicação.
“A UPA JK tem um contrato que vence todo dia 10. Então, a OS trabalhou em janeiro e receberia em 10 de fevereiro. Neste ano, o contrato foi pago no dia 14, ou seja, apenas quatro dias de atraso. Assim, é inaceitável o desabastecimento”, disse o vereador, completando: “a prefeitura paga uma nota cheia para a OS e, quando um funcionário falta, é descontado desse trabalhador, mas, quando a OS não compra medicamento, isso não é descontado. Isso é humilhante para os moradores do município e para o Legislativo”.
Ainda conforme afirmado por Dr. Wellington, a OS tem um contrato de mais de R$ 1,8 milhão. Para ele, além de uma notificação, é preciso exigir desconto na folha de pagamento de maio, a fim de compensar os medicamentos faltosos. Os vereadores se comprometeram a assinar um requerimento exigindo a notificação da Organização.