Data de publicação: 03-05-2017 19:51:00

Nova Faculdade promove 6ª edição da Semana Acadêmica

Jornal Diário de Contagem On-Line
Fotos: Robson Rodrigues

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Até a próxima sexta-feira (5), a instituição de ensino será palco de várias palestras oferecidas gratuitamente para as comunidades interna e externa. O vereador de Belo Horizonte Gabriel Azevedo e o advogado Ércio Quaresma já falaram para os alunos.

Segundo o diretor geral da Nova Faculdade, Pablo Bitencourt, o objetivo do evento é promover cada vez mais estudos extraclasse.

“Convidamos profissionais renomados que atuam nas áreas do Direito, Administração, Farmácia, Enfermagem e Ciências Contábeis para trazerem experiências e tirarem dúvidas dos estudantes. No final das palestras, os participantes têm a oportunidade de perguntar e aprender ainda mais”, explica.

Direito Constitucional

O vereador Gabriel Azevedo, que se elegeu em 2016 pela primeira vez, obteve 10.185 votos. Ele prometeu que faria política de forma diferente e criou um aplicativo que permite acompanhar o trabalho dele e do Legislativo da capital mineira.

“Imaginem morar em uma casa com goteiras e ninguém se habilitar a resolver o problema para parar com o gotejamento na cabeça de todos da família. É o que acontece com a política brasileira. Os personagens são praticamente os mesmos desde 1986, por isso as práticas precisam ser mudadas”, enfatizou.  

Azevedo perguntou quem era a favor e quem era contra a reforma da Previdência e a maioria se mostrou contra. Uma das alunas disse que é contra mexer em direitos adquiridos e confessou que não cobra dos políticos nos quais votou porque todos ficaram inacessíveis após serem eleitos.

O vereador aproveitou para explicar como funciona o aplicativo criado na tentativa de mudar esse cenário dentro da Câmara Municipal de BH.

“Pelo aplicativo ‘Meu Vereador’, os cidadãos podem acompanhar o meu mandato e todos os projetos a serem votados. Funciona bem e meus eleitores estão satisfeitos, mas em breve vamos melhorá-lo para que os cidadãos possam, além de votar sim ou não, opinar sobre quaisquer assuntos”, justificou.

Ainda segundo o vereador, ser candidato no Brasil é uma verdadeira maratona, tamanha as exigências impostas, principalmente a obrigatoriedade de ser filiado a um partido político.

“Fui obrigado a me filiar ao Partido Humanista da Solidariedade (PHS), mas fiz uma carta de independência ressaltando que não defendo o estatuto e não tenho nenhum compromisso com o partido. Se ele tentar orientar meu voto, não aceito, sou um vereador independente”, finalizou Gabriel Azevedo, que, além de vereador, é advogado e professor de Direito Constitucional. 

Direito Criminal

Já o renomado Ércio Quaresma Firpe, advogado criminalista que recentemente ganhou expressão nacional por meio do caso do goleiro Bruno Fernandes, acusado de matar e sumir com o corpo de Eliza Samúdio, fez uma palestra bastante esclarecedora.

Quaresma contou como os processos são conduzidos e como acontecem os julgamentos no tribunal do júri. “Juiz não é Deus. O advogado não pode se acovardar nem ser preconceituoso. Mas confesso que tenho preconceito com os políticos brasileiros devido à forma como eles conduzem o nosso país”, enfatizou.

Com uma forma peculiar de falar, o público que lotou o auditório pode ver porque Ércio Quaresma se tornou um dos melhores e mais conhecidos advogados criminalistas brasileiros, capaz de enfrentar o tribunal do júri e os promotores sem pestanejar.

“Tive muita visibilidade no caso do goleiro Bruno, mas participei de outros grandes casos. Um deles foi o do assassinato da irmã Dorothy Stang, ocorrido em 12 de fevereiro de 2005, em Anapu, no Pará”.

Quaresma mostrou imagens do julgamento dos acusados de mandar matar a religiosa e revelou detalhes nunca divulgados pela mídia.

“Infelizmente, a irmã Dorothy não é um anjo como pintaram. O delegado da Polícia Federal que depôs não soube explicar porque não foi investigada a participação da irmã Dorothy em outros dois assassinatos na região. Ela era acusada de fornecer armas e esse processo foi deixado de lado após a morte dela. O FBI, que acompanhou o caso também, não se interessou em investigar”, denunciou Quaresma, mostrando o vídeo do depoimento do delegado federal. 

Ainda segundo o advogado, não adianta acusar, tem que provar. “É necessário investigar e exaurir todas as possibilidades. A irmã Dorothy incitava os invasores de terras e foi morta por isso. Santa ela não era”, conclui.

Quaresma citou também o caso da médica Virgínia Soares de Souza que foi acusada de abreviar a morte de cerca de 300 pacientes internados na UTI do Hospital Evangélico, em Curitiba.

“Ela foi presa após ser gravada em ligações telefônicas conversando com membros da equipe médica. Em um dos diálogos ela dizia: Nós estamos com a cabeça bem tranquila pra assassinar, pra tudo né? Mas na verdade seria: tranquila pra raciocinar, não assassinar. Ela foi inocentada pelo juiz e o hospital condenado a pagar a médica uma indenização 4 milhões de reais”, finaliza Ércio Quaresma Firpe, que repetiu: “Não adianta denunciar, precisa provar”.

A Semana Acadêmica continua até sexta-feira, com dezenas de palestras realizadas no período da manhã e da noite em vários espaços da Nova Faculdade. 

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