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O Projeto de Lei (PL) de auditoria do vereador Caxicó (PPS), que concederia o Título de Cidadão Honorário ao ex-secretário de Saúde de Contagem, Bruno Diniz, foi reprovado na última terça-feira (21), na Câmara Municipal.
De acordo com a Lei Orgânica da Casa Legislativa contagense, seriam necessários os votos de dois terços dos vereadores para a aprovação do PL. Mas dos 21 vereadores, 12 votaram a favor, cinco contra, três faltaram e o presidente não vota esse tipo de preposição.
O vereador que propôs a honraria ao ex-secretário chegou a questionar a Lei e a votação. Para Caxicó, seriam necessários dois terços dos vereadores presentes, dúvida que foi esclarecida pela procuradoria da Casa. Com resultado desfavorável, o presidente, vereador Daniel Carvalho (PV), enviou o PL para o arquivo.
Motivos
A reportagem do Diário de Contagem foi saber quais os reais motivos que levaram à reprovação do título. Geralmente, a honraria é dada a personalidades que prestaram relevantes serviços à cidade.
Nenhum vereador quis comentar o caso, mas fontes que preferem não ser identificadas afirmam que o ex-secretário de Saúde e o superintendente, Vital Wagner, foram responsáveis por desvios de medicamentos “traja preta” e por superfaturamento de suprimentos.
Em 15 de maio, uma nota da prefeitura anunciou a exoneração de Bruno Diniz e a posse do subsecretário Municipal de Saúde de Contagem, Cleber de Faria Silva, que assumiu interinamente a pasta, mas permanece no cargo.
Após 16 meses à frente da secretaria, a prefeitura exonerou o secretário juntamente ao superintendente, sem explicar os reais motivos dos desligamentos.
Sem retornos
O Diário de Contagem novamente fez contato com o ex-secretário de Saúde e com a prefeitura, mas até a publicação desta matéria nenhum retorno foi dado por nenhuma das partes.
Pelas redes sociais, Diniz – que também já foi secretário de Saúde em Sarzedo, na região metropolitana – afirmou após a exoneração que seguiria por um “novo caminho”, sem dar mais detalhes.