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Agência Brasil
O carnaval, enfim, chegou, e para acompanhar os blocos de rua e cair na folia durante vários dias seguidos, haja preparo físico e disposição. O folião deve ficar atento à saúde e à segurança na hora de pular carnaval.
Preparo físico
“Resistência muscular é importante”, diz o educador físico Marcos Medeiros. Então, se você é sedentário, nada de ficar pulando o dia todo atrás do trio elétrico ou nos blocos de rua.
Lesões
O ortopedista Serafim Costa chama a atenção para o tipo de calçado ideal. O tênis diminui o impacto nas articulações de sustentação. “O calçado deve ser confortável, que não aperta os pés. O solado funciona como amortecedor. Então, se você usar um tênis, o melhor é aquele de corrida, que amortece o impacto. Aquele tênis com solado mais fininho não é ideal. Usar sandálias rasteiras não é uma boa ideia porque o impacto é maior. É melhor usar sandálias com solado mais fofo”, explica Costa.
Sobre sapatos com salto, “quanto mais alto o salto, maior a possibilidade de você desequilibrar e torcer o pé e o tornozelo”, acrescenta. Outra dica do ortopedista e dosar a brincadeira. Quem extrapolar os limites pode desenvolver dores musculares e processos inflamatórios nos tendões, e comprometer o pós-carnaval. “Quando estiver em casa, para descansar, coloque as pernas inclinadas para cima e repouse”, finaliza Costa.
Hidratação
“É muito importante a parte da hidratação. Beber água, água de coco e isotônico. Isso ajuda muito entre o intervalo das bebidas [alcoólicas], entre uma cerveja e uma caipirinha”, aconselha a nutricionista Priscila Correa.
Alimentação
Durante o carnaval, o folião tem um maior gasto energético. A nutricionista Karine Bello dá algumas dicas para curtir o carnaval com energia e saúde. Ela diz que alguns foliões se esquecem de se alimentar. “É importante o folião estar atento ao café da manhã, almoço, lanche, jantar. [Todos devem] Parar para essas refeições para que consigam brincar o carnaval até o fim”, lembra a nutricionista.
A recomendação é ingerir alimentos leves, produtos integrais, cereais e frutas. Melão, abacaxi e melancia podem ajudar na hidratação. Karine também recomenda evitar os energéticos.
Mas cuidado com o local onde vai comprar o alimento. Consumir produtos e bebidas clandestinos na rua pode provocar intoxicação alimentar. Na hora da compra, o ideal é conferir as condições de higienização, embalagem, refrigeração e verificar se há nos rótulos o selo do Serviço de Inspeção Federal (SIF), dos municípios (SIM) ou estados (SIE).
É importante também prestar atenção se existe um funcionário exclusivo para manusear dinheiro, para não haver a contaminação cruzada. Além de intoxicações alimentares, ingerir alimentos de origem animal não fiscalizados pode ser a porta de entrada para doenças transmitidas aos homens, as chamadas zoonoses, como tuberculose e brucelose, além de outras enfermidades.
Bebida alcoólica no carnaval
Os jovens com menos de 18 anos não devem consumir qualquer quantidade de bebidas alcoólicas. No Brasil, a venda desse tipo de bebida é proibida para essa faixa etária.
O cirurgião cardiovascular José Lima Oliveira Júnior alerta para o coquetel da morte. “Se combinar estimulante sexual, energético e bebidas destiladas, ela [a pessoa] passa a ingerir um coquetel de morte. Aumenta muito o risco de infarto e morte súbita”, afirma o médico.
“Nesta época do ano, as pessoas se alimentam mal, ficam longos períodos expostas ao sol, não se hidratam e se excedem na ingestão de bebidas alcoólicas. Muitas vezes, com isso, elas acabam sobrecarregando o sistema cardiovascular, se expondo a um risco mais elevado de ter algum evento cardiovascular agudo e pode levar a vida dela a risco e levar à morte por arritmia cardíaca ou infarto do miocárdio”, afirma.
O médico explica que os energéticos têm uma quantidade muito grande de cafeína, uma substância estimulante, que a curto prazo aumenta as pressões cardíaca e arterial, e essa combinação aumenta o risco de infarto. “Então, essa combinação é extremamente perigosa”, alerta Oliveira Júnior.
Camisinha
O uso do preservativo é recomendado para evitar gravidez e infecções sexualmente transmissíveis (ISTs), como HIV, HPV, sífilis, gonorreia e hepatites B e C.