Foto: Marcelo Casall Jr./Agência Brasil

 
Agência Brasil
 
O sistema de saúde pode entrar em colapso em abril em decorrência da pandemia do novo coronavírus, afirmou o ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, durante uma videoconferência da qual participaram o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) e representantes de associações empresariais brasileiras, nesta sexta-feira (20).
 
“No fim de abril, o sistema entra em colapso. O colapso é quando você pode ter o dinheiro, o plano de saúde, a ordem judicial, mas não há o sistema para entrar”, disse Mandetta.
 
A estimativa do Ministério da Saúde é de que haja um crescimento dos casos da Covid-19 nos próximos dez dias, uma subida mais aguda em abril, permanecendo alta em maio e em junho. A partir de julho, a expectativa é de início da desaceleração, quando deverá começar um plateau (estabilidade), e em agosto, um movimento de queda.
 
Mas a intensidade depende das medidas adotadas e do comportamento das pessoas, destacou o ministro. Nesse sentido, ele reiterou a importância das iniciativas de isolamento e da redução da circulação. “Para evitar esse colapso, eventualmente poderá ser necessário segurar a movimentação para ver se conseguimos diminuir a transmissão. Quando tomamos a medida de segurar 14 dias, o impacto só é sentido 28 dias depois. A cadeia é sustentada e você quebra”, comentou Mandetta.
 
Isolamento
 
Na última quinta-feira (19), o ministério divulgou novo protocolo para os postos de saúde. Nos locais com transmissão comunitária (São Paulo, Rio de Janeiro, Pernambuco, Porto Alegre, Belo Horizonte e Santa Catarina), pessoas com sintomas do novo coronavírus terão um atendimento agilizado e serão colocadas em isolamento por 14 dias, assim como os familiares e todos os idosos acima de 60 anos.
 
Nos locais sem transmissão comunitária, pessoas com sintoma de Covid-19 devem buscar os postos de saúde e ficar em isolamento, com monitoramento a cada 48 horas. Caso mais graves serão encaminhados para atendimento hospitalar.