Foto: Internet/Reprodução

 
Mais nove moradores de Contagem que morreram por conta de complicações da Covid-19 foram incluídos no boletim epidemiológico da Secretaria de Estado de Saúde (SES-MG) desta quinta-feira (23). As vítimas são sete homens e duas mulheres, com idades entre 58 e 86 anos, sendo que oito delas tinham comorbidades – a mais jovem não teve esse dado informado.
 
De acordo com a pasta, as mortes ocorreram entre 13 e 21 de julho. Com essa atualização, o total de óbitos contabilizados pela SES-MG no município subiu para 115, se aproximando do que foi divulgado pela prefeitura na noite de quarta-feira (22): 123.
 
Em Minas Gerais, as vidas perdidas para a doença já chegam a 2.238 (72 a mais do que no balanço anterior). Ainda há 125 mortes suspeitas sendo investigadas.
 
Confirmações
 
A soma de casos confirmados do novo coronavírus no Estado passou de 100 mil nesta quinta-feira, quando atingiu a marca de 102.568 (aumento de 3.827 em 24 horas). Atualmente, há 24.090 pacientes em acompanhamento (11.882 internados em unidades de saúde públicas e privadas) e 76.240 pessoas recuperadas.
 
Em Contagem, a SES-MG confirma 2.331 diagnósticos positivos de Covid-19 (número apresentado pela prefeitura há dois dias), dos quais 936 são de pacientes que estão sendo acompanhados e 1.280, daqueles que tiveram alta hospitalar ou concluíram o isolamento social de 14 dias.
 
Governo local
 
No balanço mais recente do Executivo contagense, as notificações de casos prováveis da doença totalizam 35.247. Dessas, 2.456 foram confirmadas. O município ainda investiga dois óbitos.
 
Estabilidade
 
Na última quarta-feira, o secretário estadual de Saúde, Carlos Eduardo Amaral, afirmou que os dados da pandemia em Minas indicam uma estabilização da doença, embora os números ainda sejam elevados.
 
Segundo a SES-MG, os resultados apresentados em cada boletim diário não devem ser interpretados isoladamente, pois isso resultaria em uma distorção do cenário real.
 
“A Secretaria de Saúde acompanha constantemente a evolução do número de óbitos causados pelo novo coronavírus. Quando um paciente morre supostamente por causa da doença, porém, sem que haja uma confirmação, são feitos exames para investigar a causa da morte, o que pode demorar muitos dias até o resultado. Confirmada a causa por Covid-19, o óbito, então, é registrado no boletim epidemiológico, o que não significa que a pessoa morreu naquele dia”, afirma a pasta.
 
Além disso, conforme ressaltado pela secretaria, o número reduzido de profissionais que trabalham nos fins de semana acarreta um atraso no repasse das informações, fazendo com que as quartas-feiras tenham um acúmulo de novos óbitos, como ocorreu nesta semana.
 
“Depois do fim de semana, as equipes preenchem os dados nas planilhas nas segundas-feiras, passam para as regionais e, assim, os dados são atualizados para nós nas terças-feiras à tarde. É por isso que há um número mais alto de óbitos quando divulgamos os boletins epidemiológicos nas quartas-feiras”, explica a médica epidemiologista da SES-MG, Tânia Marcial.
 
Considerando a chamada média móvel (que soma o número de mortes ou casos nos últimos sete dias e divide o resultado por sete), Minas parece ter atingido o platô da epidemia, segundo a pasta, já que vem mantendo uma média de 59 óbitos por dia.
 
Matéria relacionada
Minas tem quinto recorde de mortes por Covid-19 em julho