Foto: Governo de São Paulo/Divulgação
Agência Brasil
O governador de São Paulo, João Doria (PSDB), disse, nesta segunda-feira (27), que a vacina contra o novo coronavírus produzida por um laboratório chinês em parceria com o Instituto Butantan poderá estar disponível para a população brasileira a partir de janeiro de 2021. Isso, segundo ele, vai depender se os testes forem bem-sucedidos.
“Já no fim do ano, não havendo intercorrências na terceira fase de testes, poderemos iniciar a produção da vacina em dezembro e, imediatamente, iniciar a vacinação de milhões de brasileiros”, disse Doria.
No entanto, nem toda a população brasileira poderia ser vacinada em janeiro, já que a produção ainda seria insuficiente para todo mundo. A expectativa é de que, inicialmente, sejam vacinadas 60 milhões de pessoas no país.
Testes
Segundo o secretário estadual da Saúde, Jean Gorinchteyn, a fase três vai demonstrar se a vacina produz anticorpos contra a Covid-19 e se essa produção é sustentada, ou seja, se isso é mantido por um tempo prolongado.
“Como estamos no meio de uma pandemia, nada mais justo do que as autoridades sanitárias promoverem emergencialmente a liberação. Se tenho segurança e estou produzindo anticorpos nesses três meses, vamos utilizar [a vacina para a população]. Claro que todo o estudo deve continuar até para saber se vai precisar dar doses de reforço com o decorrer dos anos”, justificou Gorinchteyn.
A CoronaVac, como foi batizada a vacina, está na fase três de testes em humanos, que está sendo realizada também no Brasil. Ao todo, os testes com a CoronaVac serão realizados em 9.000 voluntários em centros de pesquisas de seis estados brasileiros: São Paulo, Brasília, Rio de Janeiro, Minas Gerais, Rio Grande do Sul e Paraná. A pesquisa clínica será coordenada pelo Instituto Butantan e o custo da testagem é de R$ 85 milhões, pagos pelo governo.
Caso seja comprovado o sucesso da vacina, ela começará a ser produzida pelo Instituto Butantan.