Foto: Reprodução Internet
A combinação do aumento das compras feitas pela internet por conta da pandemia da Covid-19 com a proximidade das festas de fim de ano levou a Polícia Civil de Minas Gerais (PCMG) a divulgar orientações para que a população não seja vítima de golpes virtuais.
Nesta segunda-feira (14), a corporação destacou as principais medidas de precaução que devem ser adotadas: informação, cautela e desconfiança, principalmente em casos de promessas de grandes vantagens e facilidades em negócios exorbitantes.
“É preciso verificar a procedência da pessoa com quem se está negociando e dos sites em que estiver realizando as compras. Verificar nos sites de defesa do consumidor, nos órgãos de segurança pública e sites de reclamações”, afirmou o chefe do 1º Departamento da Polícia Civil em Belo Horizonte, delegado-geral Wagner Sales.
Práticas comuns
Segundo ele, há quatro tipos de golpes muito frequentes nessa época do ano: boletos, sites de compras e leilões falsos, bem como clonagem do WhatsApp.
“Os criminosos estão migrando para o mundo virtual, uma vez que o estelionatário é um oportunista de plantão. Ele se depara com algum fato da atualidade, que surge em determinado momento, e cria uma situação que leva a vítima ao erro para buscar uma vantagem ilícita”, alertou o delegado.
Outra modalidade criminosa recorrente, destacada pela titular da 1ª Delegacia de Polícia Civil na capital, Roberta Sodré, é a falsos anúncios, sobretudo de veículos. “Nesse golpe, tanto o comprador quanto o vendedor são vítimas. O estelionatário faz eles acreditarem que é um terceiro interessado – que tem vontade de comprar para dar de presente para alguém – e pede que os dois não falem um com o outro sobre a negociação que está sendo intermediada por ele”, explicou a delegada.
A recomendação dela é que as pessoas não efetuem transferências em nome de terceiros nem façam pagamentos antes de conferirem o destinatário. De acordo com Roberta, já houve registro de casos em que o negócio foi realizado em BH, mas o destino da conta era o Amapá.
Novas regras
Com a mudança na legislação brasileira promovida pelo pacote anticrime, o estelionato, agora, depende da representação da vítima para ser investigado. Além de registrar uma ocorrência, é preciso fazer uma representação para dar início à investigação. “A partir daí, a PCMG busca a autoria do crime e a sua devida responsabilização criminal”, pontuou Sales.
A cartilha “Golpe só se for contra o criminoso”, lançada pela Polícia Civil em julho deste ano, pode ser baixada aqui. A finalidade do material é divulgar as principais modalidades criminosas praticadas atualmente (presenciais, virtuais e por telefone) e dar dicas de prevenção, conforme foi mostrado pelo Diário de Contagem na época.
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