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No último sábado (16), professores, representantes de escolas e médicos de Contagem participaram de uma manifestação nacional que exigiu a volta das aulas presenciais de forma facultativa com todos os protocolos de segurança. Mas a Seduc afirmou que, por enquanto, as aulas continuam suspensas.
 
Segundo o Sindicato de Escolas Particulares de Minas Gerais - Sinep/MG e o Sinep/Contagem, a carreatas foram realizadas em diversas localidades do país para reforçar a necessidade de classificar a educação como serviço essencial.

O sindicato argumentou que vários artigos científicos afirmaram que as crianças raramente transmitem a Covid-19 para os adultos, dificilmente precisam de medicamentos específicos ou desenvolvem quadro grave da doença.

“A escola, com todos os devidos protocolos, não é um local de alta transmissibilidade. Com o passar do tempo, percebemos também que o afastamento das escolas trás sérias consequências como quadros de ansiedade, irritabilidade, depressão, alterações do sono e distúrbios de alimentação. Os adolescentes estão falando em suicídio, medo, pânico e estão sujeitas a agressões e violências sexuais”, argumentou Zuleica Ávila, presidenta do Sinep/MG.

A carreata em Contagem teve início no Sambódromo, no bairro Eldorado, às 10 horas do último sábado (16), mas a rota não foi divulgada.

Em nota

A secretária Municipal de Educação Telma Ribeiro informou, que, “o Decreto 004/2021 em vigor, contém normas de enfrentamento à pandemia do Coronavírus e a campanha “Pacto pela Vida” contém protocolos a serem seguidos. No caso das escolas particulares ou públicas, as aulas estão suspensas”.

Ainda segundo a secretária, mesmo com a chegada do primeiro lote de vacinas a Contagem, “será necessário aguardar as definições do Ministério da Educação e do Ministério da Saúde para voltar a tratar do assunto”, completou. 
 
Representantes do Sinep foram informados durante encontro com a secretária Telma Ribeiro na última segunda-feira (18), que poderão agendar um encontro com a prefeita Marília Campos que tem recebido as categorias que procuram o Executivo.

O encontro


Fotos: Ronaldo Leandro

A prefeita Marília Campos recebeu nesta quarta-feira (20), integrantes do Sindicato das Escolas Particulares de Minas Gerais - Sinep. A secretária Municipal de Educação, Telma Ribeiro, e o secretário municipal de Desenvolvimento Econômico, René Vilela, também participaram da reunião.

A prefeita disse que a posição é de flexibilizar, mas é preciso aprofundar no debate para a volta com segurança. “Acredito que o quanto mais dividimos as responsabilidades, mais sucesso nós teremos, essa é a proposta do Pacto pela Vida, lançado pela prefeitura. Precisamos unificar as ações, pois a rede pública e a particular são um só sistema de educação”, afirmou Marília Campos.

Já a presidenta do Sinep/MG, Zuleica Ávila, disse que a escola vive um momento muito angustiante com as muitas incertezas. “Estamos confiantes com a abertura do diálogo e com a transparência como a prefeita coloca a questão. Temos esperança que juntos resolveremos a questão do retorno das escolas particulares, em especial da educação infantil”, afirmou Ávila.

De acordo com a prefeitura, na próxima semana será informado ao setor sobre a autorização de atividades extracurriculares da educação infantil nas escolas. A volta às aulas será discutida com os integrantes do Sistema Municipal de Ensino e com o Comitê Municipal de Enfrentamento à Covid-19.