Foto: Robson Repórter
A ordem de serviço para início das obras de restauração da Casa de Cacos, em Contagem, foi, enfim, assinada. O projeto, que prevê a recuperação de todo o imóvel e a construção de um anexo com café e área de convivência, foi aprovado em 2014, mas, desde então, nenhuma intervenção foi feita no espaço, que é tombado como bem cultural e histórico do município.
As intervenções previstas para o local estão orçadas em R$ 2,4 milhões, valor que será financiado pela Caixa. A Restaurare Construtora Ltda. foi a empresa vencedora da licitação e contratada para executar a obra.
“A restauração da Casa de Cacos vai possibilitar que ela seja conhecida por mais contagenses e por pessoas de todas as partes do mundo. Ela será parte do complexo cultural que pretendemos resgatar em Contagem”, afirmou a prefeita Marília Campos (PT) durante uma cerimônia virtual realizada na última quinta-feira (23), adiantando que já estão sendo captados recursos para a reconstrução do Cine Teatro Tony Vieira e para a revitalização da sede histórica da cidade.
Propostas
De acordo com o secretário municipal de Obras e Serviços Urbanos, Marco Túlio Melo, o prazo para execução do restauro da Casa de Cacos é de um ano. Ele ressaltou ainda que este é o primeiro de uma série de projetos que visam resgatar a história do município.
A cerimônia on-line que marcou o início das obras também contou com a participação da secretária municipal de Cultura, Monique Pacheco; do vice-prefeito, Ricardo Faria; do secretário de Governo, Pedro Amaral; do administrador da regional Sede, Lindomar Diamantino; do subsecretário de Comunicação, Rodrigo Paiva; do presidente da Câmara Municipal, vereador Alex Chiodi (Solidariedade); e do vereador Ronaldo Babão (Cidadania); além de artistas, músicos e representantes culturais locais.
Abandono
Considerada um dos principais patrimônios culturais de Contagem, a Casa de Cacos foi declarada de utilidade pública em 1993 e tombada em 2000. De lá para cá, porém, pouca coisa foi feita para conservar o espaço criado com cacos de louças e vidros pelo geólogo aposentado Carlos Luiz de Almeida entre 1963 e 1989, ano em que ele faleceu.
Sem manutenção – apenas serviços básicos como capina, limpeza e troca de vidros –, o imóvel foi se deteriorando e, em outubro do ano passado, foi considerado de alto risco pela Defesa Civil, que solicitou o isolamento e a interdição dele em caráter emergencial.
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