Foto: Divulgação

 
Uma cerimônia virtual marcou a reinauguração da edificação mais antiga de Contagem: o atual Museu Nair Mendes Moreira, datado do século XVIII. O evento, transmitido ao vivo pelo canal oficial da prefeitura no YouTube, foi apresentado pelo subsecretário municipal de Cultura, o sociólogo Marcelo Bones.
 
Durante a solenidade, realizada na noite da última quarta-feira (23), foi exibido um vídeo para mostrar o resultado da restauração da antiga Casa do Registro e contar a história do imóvel, utilizado antigamente para a contagem das riquezas da colônia portuguesa que passavam pela região.
 
“Vamos resgatar todo o Centro Histórico da cidade e criar o Circuito Cultural para atrair turistas e estimular o sentimento de pertencimento dos contagenses”, afirmou a prefeita, Marília Campos (PT), referindo-se ao Centro de Educação Patrimonial que será construído em um terreno vizinho ao museu.
 
Por enquanto, o espaço revitalizado seguirá fechado para visitação do público por conta das medidas restritivas adotadas no município em função da pandemia de Covid-19. No entanto, a secretária municipal de Cultura, Monique Pacheco, adiantou que em 31 de agosto será inaugurada uma exposição do acervo da Comunidade Quilombola dos Arturos. As visitas poderão ser agendadas.
 
Passado e presente
 
O Museu Nair Mendes Moreira recebeu esse nome em homenagem à professora que criou o hino da cidade. A neta dela, Kênia Diniz, esteve presente na cerimônia de reinauguração do imóvel que já foi habitado por seus familiares.
 
“Meu pai, filho da minha avó Nair, infelizmente não pode estar presente por motivos de saúde. Mas agradeço à prefeita Marília Campos e a todos que contribuíram para restaurar a casa. Cultura é raiz, é viver o passado, o presente e o futuro. Estamos muito emocionados e realmente muito agradecidos pela restauração”, disse Kênia.
 
Melhorias
 
Após quatro anos de interdição, todos os ambientes internos e externos do museu foram recuperados e pintados com tintas próprias para preservar o reboco original da edificação. O piso em tabuado de madeira passou por restauração e o forro em treliça de taquara foi mantido.
 
O prédio anexo, em estilo moderno, também foi preservado. Já os sanitários e as rampas foram adaptados para pessoas com deficiência. A rampa externa ganhou um guarda-corpo e as escadas, um corrimão.
 
Ainda na parte externa do museu, foram feitos fechamentos laterais e frontais com perfis de alumínio e fechamento em vidro temperado. Os sistemas hidráulico e elétrico – incluindo o de segurança – foram restaurados.
 
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