Foto: Robson Rodrigues
A tradicional comunidade quilombola de Contagem, os Arturos, vai realizar neste sábado (9), a Festa do Batuque e do Jongo, evento aberto ao público e gratuito, que vai retratar parte da história das tradições dos negros.
De acordo com o membro da comunidade e coordenador do grupo Arturos Filhos de Zambi, Jorge Antônio dos Santos, a festa é um momento ímportante na história dos negros.
“O batuque é uma manifestação comemorativa que nasceu ainda no período do Brasil Colônia, na senzala, sendo um ritual comemorativo e festivo que os negros criaram como refúgio, como uma atividade para aliviar a dor, o sofrimento da opressão, da escravidão”, explicou.
Segundo o coordenador, antigamente, ao término das festividades dos senhores de engenho, os escravos se reuniam e faziam seu ritual, com seus tambores, já tarde da noite, início da madrugada, e cantavam sua musicalidade, muito relacionada à vida do negro, a fé, o entretenimento entre as pessoas. “Assim, à sua maneira típica, o negro realizava sua atividade”, contou.
Jorge lembrou, ainda, que o batuque, assim, é uma preservação de uma identidade que os negros mantêm. “Desde a época de Artur Camilo, Dona Conceição Natalícia, passando por José Bonifácio da Luz (Zé Bengala), há essa preservação. Junto a isso, incorporamos o Jongo, que muito se assemelha ao batuque e que incorporamos na comunidade há cerca de 20 anos”, disse.
Haverá barracas com comidas e bebidas que serão vendidas aos visitantes. A entrada é gratuita.
Serviço:
Festa do Batuque e do Jongo dos Arturos
Sábado (9), de 18 às 23h
A comunidade dos Arturos - rua da Capelinha, 50, bairro Jardim Vera Cruz, em Contagem.
Programação:
18h – Concentração dos grupos para recebimento dos visitantes;
19h – Apresentação do Jongo;
21h – Apresentação do Batuque;
22h - Apresentação da Quadrilha Pé de Fogo dos Arturos
23h – Encerramento da festa.
Link relacionado:
Comunidade dos Arturos celebra mais uma festa de Nossa Senhora do Rosário