Foto: Agência Brasil
Por todo país, a farra com os R$ 4,962 bilhões do Fundo Especial de Financiamento de Campanha, conhecido como “Fundão Eleitoral”, impressionam. Os candidatos a deputado federal são os mais beneficiados e ficam com a maior parte do bolo.
Segundo o Poder 360, o Partido Social Cristão - PSC de Minas, distribuiu mais de 60% do Fundo Eleitoral para apenas dois candidatos, deixando outros 42 candidatos do partido com poucos recursos para a campanha. O partido recebeu 6,6 milhões para a campanha.

Deputado Federal e candidato à reeleição, Euclydes Pettersen (PSC)
Foto: Luis Macedo/Câmara dos Deputados
O presidente do PSC Minas, o Deputado Federal e candidato à reeleição, Euclydes Pettersen (PSC), recebeu R$ 2,6 milhões e a candidata a Deputada Federal Kátia Dias (PSC), de Juiz de Fora, R$ 1,38 milhão. A empresária se candidata pela primeira vez a uma vaga no Legislativo Federal.

Fonte: Poder 360
Outro mau exemplo de farra com o dinheiro público é o caso da candidata apoiada pela primeira-dama Michelle Bolsonaro na disputa ao Senado, a ex-ministra da Mulher Damares Alves (Republicanos). Ela contratou o servidor público aposentado Herbert Felix, como coordenador de campanha no Distrito Federal, por R$ 44 mil para 45 dias de trabalho. Damares já gastou R$ 535,5 mil com cabos eleitorais.
Candidatos contrataram empresas de vários ramos de atividade para terceirizar os milhares de “cabos eleitorais” para panfletar e empunhar bandeiras nas ruas. Há denúncias de que candidatos estão gastando milhões com bandeiras.
No Rio de Janeiro, a quantidade de pessoas contratadas para a campanha de reeleição do governador poderia ser configurada como compra de votos, já que os cabos eleitorais se sentem na obrigação de votar e pedir votos para os candidatos. S
egundo denúncias, o candidato à reeleição ao governo do Rio, Cláudio Castro (PL), recebeu do fundão, R$ 12,5 milhões para fazer a campanha. Castro contratou a empresa Cinqloc Empreendimentos Ltda, de Duque de Caxias, na Baixada Fluminense, por R$ 5,7 milhões, para que fossem contratados 36 mil cabos eleitorais com diárias de R$ 144.
Segundo a Câmara Federal, há uma tendência de priorizar as candidaturas para deputado federal com os recursos do Fundo Eleitoral, uma das principais fontes para custear a campanha. Os partidos explicam com a necessidade de cumprir as exigências da cláusula de desempenho (Emenda Constitucional 97).
Caso os partidos não alcançarem um mínimo de 2% dos votos para Câmara ou elegerem onze deputados, deixarão de receber recursos do Fundo Partidário e ainda não terão mais direito ao tempo de propaganda na rádio e na TV. Com relação aos gastos dos candidatos, o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) promete rigor na análise das prestações de contas.