O presidente Jair Bolsonaro (PL) e o presidente do PL, Valdemar Costa Neto, anunciaram nesta terça-feira (22), que entraram com uma representação no Tribunal Superior Eleitoral (TSE), para pedir a anulação de votos de urnas supostamente defeituosas.

Alegação é de que teriam ocorrido "desconformidades irreparáveis de mau funcionamento" em modelos antigos de urnas modelos UE2009, UE2010, UE2011, UE2013 e UE2015. 

A representação assinada pelo advogado Marcelo Luiz Ávila de Bessa, cita o laudo técnico de auditoria feito pelo Instituto Voto Legal (IVL), contratado pelo PL, que teria constatado “evidências contundentes de mau funcionamento de urnas eletrônicas”.

Mas a credibilidade do laudo produzido pelo instituto tem sido questionada, já que o  presidente do Instituto Voto Legal (IVL), o engenheiro Carlos Rocha, já teve viagens a Brasília pagas pelo Governo Federal, segundo ele, para audiências com o ministro de Ciência e Tecnologia, Marcos Pontes.

Defeitos alegados

De acordo com a representação, “todas as urnas dos modelos de fabricação UE2009, UE2010, UE2011, UE2013 e UE2015 apontaram um número idêntico de LOG, quando, na verdade, deveriam apresentar um número individualizado de identificação”. Os modelos em questão somam 352.125 urnas.

"Apenas as urnas eletrônicas modelo UE2020 é que geraram arquivos LOG com o número correto do respectivo código de identificação”. Mas este modelo mais recente tem 224.999 urnas, o que representa 40,82% do total de urnas usadas nas eleições.

Com a manutenção apenas dos votos dados nas urnas UE2020 e a anulação das demais, a representação alega que Bolsonaro venceria a eleição para presidente, sem citar cálculos dos resultados na eleição para os governos estaduais que estavam em disputa no segundo turno.

Todos os modelos de urnas eletrônicas também foram usadas no primeiro turno das eleições deste ano, que valeram para os cargos de governador, senador, deputado federal, deputado estadual e deputado distrital.


Foto: Antonio Augusto/Secom/TSE

TSE se manifestou

O presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), ministro Alexandre de Moraes, deu prazo de 24 horas para que o PL, partido do presidente Jair Bolsonaro, faça o aditamento da petição na qual pede a anulação de votos das eleições. 

Moraes pede que o partido apresente a relação de urnas supostamente defeituosas nos dois turnos, alegando que as urnas também foram usadas no primeiro turno. 

Fonte: Agência Brasil - Brasília