Neste 1º de Maio, Dia do Trabalhador e de São José Operário, fiéis ocuparam todas as cadeiras disponibilizadas na 47ª Missa do Trabalhador, que, esse ano, foi celebrada e presidida pelo bispo auxiliar da Arquidiocese de Belo Horizonte, dom Nivaldo dos Santos.
A missa acontece tradicionalmente no quarteirão fechado da Av. Dr. Antônio Chagas Diniz, próximo a praça Antônio mourão Guimarães, vulgarmente conhecida como praça da Cemig,
Os fiéis retornaram ao local, três anos depois do surgimento da pandemia do covid 19, em 2020. A missa foi concelebrada pelos padres da Região Episcopal Nossa Senhora Aparecida - Rensa e na homilia, dom Nivaldo saudou a todos, agradeceu a presença dos religiosos e das comunidades de fé da Rensa.
“Agradeço em especial, os representantes das pastorais sociais que se dedicam no trabalho de garantir direitos e melhores condições de vida para os pobres. Como disse o Papa Francisco: Trabalho quer dizer dignidade, trabalho significa trazer o pão para casa, trabalho quer dizer amar”.

Dom Nivaldo falou por quase uma hora. Ele comparou os líderes religiosos, lideres comunitários, empresários e outros profissionais de liderança com os pastores e as demais pessoas com as ovelhas para ressaltar a responsabilidade dos pastores com as ovelhas.
O Bispo condenou o trabalho escravo moderno causado pelos efeitos negativos da uberização, serviços de entregas por aplicativos que não dão as mínimas condições de trabalho, nem segurança e ainda condicionam os ganhos na quantidade de entregas.
No final, Dom Nivaldo abençoou as carteiras de trabalho, chaves e outros objetos utilizados no trabalho.

Protesto
Ativistas do Movimento Lambuzados e de diversos coletivos de luta pela preservação ambiental fizeram um ato para lembrar das vítimas das cidades de Mariana e Brumadinho, que morreram ou foram impactadas pelos rompimentos das barragens e contra a mineração na Serra do Curral e a especulação imobiliária.
O Ato Performático em defesa das serras, matas e rios de Minas foi encenado por voluntários liderados pelo professor, ambientalista e artista plástico, Severino Iabá.

Professor Serverino Iabá e a professora Adriana Souza
Os ativistas se apresentaram com os corpos e roupas cobertos de lama da mineração e carregaram estandartes de protestos em defesa da natureza.
Desta vez a, Associação dos Familiares de Vítimas e Atingidos da Tragédia do Rompimento da Barragem Mina Córrego Feijão Brumadinho - Avabrum, forneceu um banners com as fotos de todas as vítimas do crime socioambiental causado pela empresa Vale e os Lambuzados incluíram as imagens das “jóias” no protesto do Dia do Trabalhador.

O Sindicato dos Metalúrgicos, categoria que vez história ao iniciar a primeira greve durante a ditadura militar, também protestou neste 1º de Maio. Outra categoria que protestou foi a dos trabalhadores da saúde que lutam pelo elgítimo direito de receber o piso salarial, até então ignorado pelos governos de Minas e de Contagem.
