Foto: Tomaz Silva/Agência Brasil
Preso nessa quarta-feira (3), suspeito de envolvimento em fraudes de cartões de vacina, o militar da reserva do Exército Ailton Barros afirmou, em mensagem de aplicativo, saber quem foi o mandante do assassinato da vereadora, ocorrido em 2018.
O ministro da Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino, disse nesta quinta-feira (4), que a mensagem do militar sobre o assassinato da vereadora do Rio de Janeiro, Marielle Franco (Psol), poderá ser incluída nas investigações do crime.
Barros fez a afirmação durante uma conversa entre o militar e o então ajudante de ordens de Bolsonaro, Mauro Cid, que também foi preso na operação. Em uma das conversas que foram captadas com autorização judicial pelos investigadores, Ailton Barros citou o nome do ex-vereador do Rio de Janeiro Marcelo Siciliano, eximindo-o de responsabilidade no assassinato de Marielle e Anderson Gomes, motorista da vereadora na noite do crime.
Ao justificar que o ex-vereador não tem relação com o caso e que teria sido alvo de perseguição política, Barros disse que sabe quem foi o mandante do assassinato de Marielle.
Dino afirmou que após a perícia do material recolhido, a informação poderá ser usada no inquérito que investiga a morte da vereadora. “Essa alusão ao caso Marielle mostra que, muito provavelmente, teremos múltiplos objetos de investigação, a partir das apreensões realizadas. E isso não só pode, como deve ser feito”, disse.
Marielle Franco e o motorista Anderson Gomes foram baleados em 14 de março de 2018,
dentro do carro em que transitavam na região central do Rio de Janeiro. Existem duas investigações em curso.
A primeira apura quem são os mandantes dos assassinatos. Em outro processo sobre investigação, o policial militar reformado Ronnie Lessa deve ser levado a júri popular. Ele é acusado de ser um dos executores do assassinato.
Fonte: Agência Brasil