Vários atos em defesa da Serra do Curral e de todas outras serras de Minas ameaçadas pela mineração e pela especulação imobiliária aconteceram no domingo (4), no Parque das Mangabeiras e por todo caminho em direção ao Pico Belo Horizonte.
Participaram ambientalistas, famílias, intelectuais, sindicalistas, políticos e assessores que lutam para preservar e tombar integralmente a Serra do Curral. Todos acreditam que somente com o tombamento a serra que é o principal símbolo da capital ficará a salvo das mineradoras.
O Abraço a Serra do Curral acontece desde 2017 e só não aconteceu durante a pandemia. A Serra do Curral é um patrimônio nacional, faz parte da Serra do Espinhaço e é Reserva da Biosfera da Unesco.

A Serra do Curral abriga grande diversidade de espécies de fauna e flora, Cerrado e Mata Atlântica, onde existem os mananciais das bacias dos rios das Velhas e Paraopeba, responsáveis pelo abastecimento de cerca de 70% da população da capital e de 40% dos moradores da Região Metropolitana de Belo Horizonte (RMBH).
Na Serra do Curral nascem o Ribeirão Arrudas, os córregos do Clemente, Capão da Posse, Cercadinho, Acaba Mundo e Serra.
Além do ato político que deu início ao evento, o coletivo Os Lambuzados fez uma performance contra a mineração e as tragédias causadas pela mineradora Vale. foram dois abraços, um na estrada e outro no topo do Pico Belo Horizonte.
Foram atos e abraços simbólicos cercados de indignação pela forma como os governos municipais e estadual tratam da questão ambiental. Licenças ambientais são concedidas sem respeitar critérios técnicos, privilegiando o setor produtivo e prejudicando ribeirinhos e povos originários.
