Quatro empresas de BH e Contagem foram alvo nesta terça-feira (23), da Operação Curto-Circuito, ação conjunta da Polícia Civil de Minas Gerais (PCMG) e a Companhia Energética de Minas Gerais (Cemig),  que investiga furto de energia na na Região Metropolitana.

Durante a operação, foram realizadas inspeções técnicas e uma prisão em flagrante. O proprietário de uma padaria no bairro Arvoredo, em Contagem, foi autuado por furto de energia. 

Segundo o delegado Daniel Couto e Gama, esta foi a quarta vez que a Cemig identificou irregularidades no mesmo estabelecimento. Os donos das outras empresas não estavam presentes no momento da operação e serão intimados para prestar esclarecimentos.

Esquema criminoso

As investigações do Departamento Estadual de Investigação de Crimes Contra o Patrimônio (Depatri) revelaram que os estabelecimentos danificavam os medidores de energia, provocando curto-circuitos que resultavam em mau funcionamento ou interrupção da medição do consumo de energia elétrica. 

“Esse esquema não só configura furto, mas também pode caracterizar sonegação e lavagem de dinheiro, uma vez que o lucro das empresas é inflado pelo gasto reduzido com energia elétrica”, explicou o chefe do Depatri, Felipe de Freitas.

A operação levou à instauração de três inquéritos policiais para identificar e responsabilizar os envolvidos. O suspeito preso em flagrante foi liberado após o pagamento de fiança. 

Prejuízos 

Segundo a Cemig, em 2023, esses crimes geraram perdas de aproximadamente R$ 142 milhões para a empresa, que, além de causar danos à rede elétrica, compromete a qualidade dos serviços prestados.

Ainda de acordo com Felipe de Freitas, a Operação Curto-Circuito reforça o compromisso das autoridades com o combate ao furto de energia elétrica, um crime que afeta tanto a concessionária quanto a sociedade. 

“Até o momento, oito alvos foram identificados na capital e região metropolitana. A Cemig está auditando seus sistemas para identificar outros alvos potenciais, e novas intervenções serão desencadeadas em todo o estado”, afirmou.

Fontes: PCMG e Cemig