Data de publicação: 15-09-2024 21:23:00 - Última alteração: 16-09-2024 15:22:13

Propostas para Eleições 2024 miram proteção ambiental da RMBH

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Representantes da Frente Popular de Contagem, Cristina Oliveira (SOS Várzea das Flores), Renata Selma (Boi Rosado Ambiental) e Valdir (Comissão Nascentes), entregaram as propostas do "RMBH pelo Nosso Ambiente" para o candidato a prefeitura de Contagem, Gustavo Olímpio, PSTU 16

Foto: Divulgação

O documento, intitulado "RMBH pelo Nosso Ambiente", apresenta medidas concretas que os candidatos a prefeito e vereador devem adotar para enfrentar os crescentes desafios ambientais e climáticos da região.

Um conjunto de propostas ambientais voltadas para as eleições municipais de 2024 está sendo divulgado por um grupo de especialistas e organizações da sociedade civil, com foco na proteção e sustentabilidade da Região Metropolitana de Belo Horizonte (RMBH). 

As principais recomendações do documento incluem uma gestão mais eficiente dos recursos hídricos, o combate ao desmatamento, a criação de áreas de preservação permanente (APPs) em zonas vulneráveis e o incentivo à urbanização sustentável. 

As propostas buscam mitigar o impacto das mudanças climáticas, proteger a biodiversidade e garantir um desenvolvimento que respeite os limites ambientais.

Pontos principais das propostas
  
A gestão hídrica é um dos pontos centrais do documento, que alerta para o crescente risco de escassez de água na RMBH. As recomendações incluem a preservação das nascentes e bacias hidrográficas, além de investimentos em infraestrutura para coleta e tratamento de água de chuva. 

Outro foco importante é o combate à degradação das matas ciliares, áreas fundamentais para a manutenção dos recursos hídricos da região.

O combate ao desmatamento é outra prioridade, especialmente nas áreas que cercam Belo Horizonte e suas cidades vizinhas. O documento propõe a ampliação de áreas verdes, a criação de novas Unidades de Conservação (UCs) e a recuperação de áreas já degradadas por meio de programas de reflorestamento. 

Essas ações visam não apenas frear o avanço da destruição da vegetação nativa, mas também combater os efeitos das ilhas de calor e aumentar a qualidade do ar na RMBH.

Além disso, o grupo sugere a criação de políticas que incentivem uma urbanização mais sustentável, como o uso de energias renováveis, a redução do uso de automóveis, e a priorização de sistemas de transporte coletivo eficientes e ecológicos. 

A ideia é promover um planejamento urbano que leve em conta a mobilidade sustentável e a redução da emissão de gases de efeito estufa.

Resíduos sólidos e reciclagem

A questão da gestão de resíduos sólidos também foi destacada nas propostas. O grupo sugere que os municípios implementem programas de coleta seletiva mais amplos e eficientes, além de incentivar a reciclagem e a compostagem de resíduos orgânicos. 

O documento defende que políticas públicas voltadas para a gestão de resíduos são essenciais para reduzir a poluição dos solos e rios, além de promover uma economia circular, com menor dependência de aterros sanitários.

Mobilização da sociedade  

O documento também convoca a sociedade civil a atuar de maneira mais incisiva no processo eleitoral, cobrando dos candidatos um compromisso firme com a agenda ambiental. 

"Não basta os candidatos assinarem compromissos. É fundamental que a sociedade acompanhe e fiscalize a implementação dessas propostas", afirmou um dos representantes do movimento, que acredita que a pressão social será crucial para o sucesso das medidas propostas.

A mobilização inclui não apenas o voto consciente, mas também a participação em fóruns de discussão, conselhos de meio ambiente e outras instâncias que permitam à população influenciar as decisões políticas. 

A criação de mecanismos de participação popular na formulação de políticas ambientais é uma das pautas do grupo.

Consequências e urgência das medidas
 
O grupo de especialistas adverte que, sem a implementação urgente dessas medidas, a RMBH corre sérios riscos de enfrentar crises ambientais cada vez mais severas. Entre os impactos previstos estão a intensificação de enchentes, o agravamento da escassez de água, a redução da qualidade do ar e a perda significativa de biodiversidade. 

Esses problemas ambientais, por sua vez, podem desencadear consequências sociais graves, como o aumento das doenças respiratórias e a falta de água potável em regiões mais carentes.

Além disso, o documento alerta que a falta de ação pode agravar os problemas econômicos da região. A perda de recursos naturais e o aumento dos custos com saúde pública e infraestrutura seriam uma consequência direta da degradação ambiental. 

Por isso, o grupo reforça que as eleições de 2024 representam uma oportunidade crucial para definir os rumos da preservação ambiental na RMBH.

Expectativas

As propostas ambientais para as eleições municipais de 2024 chegam em um momento crítico para a RMBH, que já enfrenta os efeitos das mudanças climáticas e de anos de degradação ambiental. 

A expectativa é que os candidatos, tanto a prefeito quanto a vereador, incorporem essas recomendações em seus planos de governo, mostrando um compromisso real com o futuro da região.

O grupo de ambientalistas, acadêmicos e movimentos sociais que elaborou o documento promete continuar a pressão sobre os futuros governantes, cobrando o cumprimento das promessas de campanha e a implementação das políticas propostas. 

A população, por sua vez, é vista como peça-chave nesse processo, com o papel de acompanhar e garantir que o meio ambiente seja uma prioridade nas decisões políticas.

A divulgação das propostas marca o início de uma campanha por uma RMBH mais sustentável e resiliente, na esperança de que as eleições de 2024 sejam o ponto de virada para um futuro mais verde e saudável para a região e seus habitantes.

O documento "RMBH pelo Nosso Ambiente", que propõe uma série de medidas ambientais para as eleições de 2024, contou com a colaboração de importantes nomes ligados à defesa do meio ambiente e à atuação social na Região Metropolitana de Belo Horizonte (RMBH). Entre os participantes que contribuíram para sua construção estão:

- Antônio Wilson de Oliveira Malta: Pesquisador com currículo no CNPq, contribuindo com seu conhecimento técnico em questões ambientais;

- Cristina Maria de Oliveira: Professora aposentada e ativa no Movimento SOS Vargem das Flores, além de participar da Frente Popular de Contagem.

- Júlio Grilo: Engenheiro e ex-superintendente do IBAMA em Minas Gerais, com vasta experiência em conselhos ambientais, como COPAM, CMI, CERH, CODEMA, CONCIDADE, APA-SUL e PESRM, onde atua representando ONGs de defesa do meio ambiente.

- Maria Antonieta Pereira: Professora aposentada de Letras pela UFMG, envolvida em movimentos como Ecovida, Projeto Ninho dos Bichos, Fé e Política e no Partido dos Trabalhadores (PT).

- Marina de Oliveira Costa: Bibliotecária engajada em movimentos socioambientais como a Ecovida e a Frente Popular de Contagem. Marina também atua na luta por mobilidade urbana através do Mobiliza RMBH e Mobiliza Contagem, além de participar ativamente da Igreja Católica, COMPUR e da Horta Comunitária Vale das Amendoeiras.

Esses colaboradores trouxeram uma diversidade de experiências e conhecimentos que enriqueceram o conteúdo do documento, garantindo uma abordagem abrangente e técnica para enfrentar os desafios ambientais da RMBH.

Fonte: Assessoria de imprensa
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