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Editorial - O novo Ministro das Comunicações, Sidônio Palmeira, que não é jornalista, não é publicitário e nem relações públicas, mas é um engenheiro “marqueteiro”, reconheceu recentemente que o Governo Federal se comunica mal.
Para resolver o problema comunicacional, o ministro anunciou ações para divulgar iniciativas positivas, como os programas voltados à educação.
Entre as medidas, o “Bolsa Estudante”, que oferece R$ 200 mensais para jovens que frequentam regularmente a escola, além de um benefício extra ao concluir o ensino médio.
Também foi anunciado um incentivo financeiro para atrair bons alunos do ensino médio à carreira docente, com bolsa de até R$ 1.200 mensais para estudantes que pretendem ingressar na rede pública de ensino.
As duas ações tem o objetivo de combater a evasão escolar e enfrentar a crescente escassez de professores, uma profissão que, infelizmente, tem sido marcada pela desvalorização.
Exemplos que norteiam
No entanto, para que essas iniciativas sejam realmente eficazes, é preciso lembrar que o maior incentivo para que jovens sigam a carreira docente não está apenas no apoio financeiro, mas no exemplo prático dos professores que estão na sala de aula atualmente.
A principal medida que pode inspirar os jovens a serem professores é a valorização imediata e efetiva dos educadores que já estão na ativa. Melhorar os salários, garantir condições dignas de trabalho e respeitar a profissão, são iniciativas fundamentais.
Afinal, como convencer um estudante talentoso a seguir a carreira de professor com ele presenciando os próprios professores enfrentarem jornadas exaustivas, com baixos salários e a necessidade de constantes greves para reivindicar direitos básicos?
Estratégia mais eficaz
Investir nos atuais professores não é apenas uma questão de justiça, mas uma estratégia poderosa capaz de construir um futuro sólido na educação. Um professor valorizado inspira, atrai novos talentos para a carreira e forma cidadãos mais preparados.
Investir nos professores que já atuam não é um gasto, mas um alicerce para qualquer transformação educacional. Profissionais valorizados não só permanecem mais motivados, como também influenciam positivamente os estudantes, que passam a enxergar a carreira docente como uma opção digna e respeitada.
É uma questão de priorização. O governo talvez esteja escolhendo um caminho mais barato, mas é preciso considerar que a valorização integral do magistério é o único e o melhor caminho para conquistar resultados sólidos e duradouros. O barato agora pode sair mais caro no futuro.
Fato é que oferecer melhores condições de trabalho para os professores de hoje incentiva os jovens a quererem ser os professores de amanhã.
Diário de Contagem