Fotos: SindRede BH
A paralisação dos trabalhadores terceirizados pode comprometer o funcionamento das escolas municipais nesta quinta-feira (20/02), já que a nova paralisação prevê a adesão de 80% da categoria. A categoria reivindica melhores condições de trabalho e equiparação salarial.
Segundo o SindRede BH, a mobilização ocorre diante da falta de uma proposta concreta da Prefeitura de Belo Horizonte e da empresa Minas Gerais Administração e Serviços S.A. (MGS) que atenda às reivindicações da classe.
Caso não haja avanços nas negociações, a categoria pode entrar em greve por tempo indeterminado a partir da próxima segunda-feira (24/02). A decisão foi tomada em assembleia realizada no dia 12/02, que reuniu cerca de 4 mil trabalhadores.
Na ocasião, representantes do governo alegaram que precisavam de mais tempo para apresentar uma proposta, mas os trabalhadores, desconfiados da demora, decidiram aguardar até a nova assembleia antes de iniciar uma paralisação total.
Os terceirizados, que atuam na Rede Municipal de Ensino em funções como cantina, limpeza, portaria, mecanografia, monitoria do Programa Escola Integrada, apoio a crianças com deficiência e serviços gerais, denunciam precarização do trabalho, baixos salários, excesso de carga horária e casos de assédio moral.
Entre as principais reivindicações da categoria estão a recomposição salarial, equiparação com outros trabalhadores da MGS que exercem funções similares fora da educação e a redução da jornada de trabalho de 44h semanais.
Os trabalhadores também cobram o fim da escala 6x1, maior transparência nos descontos salariais feitos pela MGS e melhorias nas condições de trabalho.

Luta
Desde dezembro, a categoria tenta negociar com a Prefeitura e a MGS, mas até agora não houve avanços significativos, o que levou à intensificação do movimento grevista. A paralisação pode comprometer o funcionamento das escolas municipais, afetando diretamente o atendimento às crianças.
Após a assembleia, os trabalhadores sairão em passeata pela Avenida Afonso Pena em direção à sede da Prefeitura de BH, para pressionar o governo municipal para abrir o diálogo.
Além da paralisação, um ato de solidariedade vai acontecer quando os manifestantes vão participar de uma campanha de doação de sangue na Fundação Hemominas.
Serviço:
Paralisação dos trabalhadores terceirizados da educação de BH
9h - Assembleia Geral na Praça Afonso Arinos
11h - Passeata pela Av. Afonso Pena até a Prefeitura
12:30h - Campanha de doação de sangue na Fundação Hemominas
Fonte: Assessoria de imprensa