Data de publicação: 23-03-2025 23:00:00 - Última alteração: 26-03-2025 20:37:46

Assembleia pode definir greve dos servidores da educação de Contagem

Centro de Integração Empresa Escola de Minas Gerais -  CIEE
Foto: Divulgação

O SindUTE Contagem confirmou para a próxima terça-feira (25/03), um ato na Câmara Municipal, às 8:30h e uma Assembleia Geral às 14h, onde a categoria definirá os próximos passos da mobilização que pode deflagrar uma Greve Geral.

Os trabalhadores da educação de Contagem denunciam sobrecarga, falta de estrutura e ameaça de penalização por paralisações com cortes de ponto daqueles que participam da campanha salarial.

O Sindicato Único dos Trabalhadores em Educação de Minas Gerais (SindUTE), subsede Contagem, denuncia que o governo municipal tem ignorado as reivindicações da categoria, ampliou o número de alunos por turma e reduziu o quadro de funcionários nas escolas. 

Segundo o sindicato, a Portaria 47/24, editada pela Secretaria Municipal de Educação, que reduziu a quantidade de secretários escolares por escola, agravou ainda mais a situação, ao tornar a rotina dos profissionais insustentável.

Falta de bons condições de trabalho

Os educadores relatam que trabalham em salas lotadas, sem suporte adequado para atender alunos com dificuldades de aprendizagem e em espaços sem ventilação adequada, apelidados de “saunas de aula”. 

De acordo com o SindUte, nos Centros Municipais de Educação Infantil (CEMEIs), professoras e monitoras não têm sequer tempo para alimentação ou planejamento pedagógico, já que precisam cobrir a ausência de colegas adoecidos.

Além disso, a categoria reclama que as direções das unidades de ensino estão sobrecarregadas, sem vice-diretores nos CEMEIs, e os secretários escolares precisam lidar sozinhos com a burocracia de centenas de alunos por turno. 

“O corte de pessoal imposto pela prefeitura resultou em um cenário de precarização e adoecimento dos profissionais”, afirma o SindiUte.

Ainda de acordo com o sindicato, os servidores enfrentam condições precárias, são acusados de serem os responsáveis pelo baixo desempenho escolar, como se as dificuldades enfrentadas pela rede fossem culpa dos trabalhadores e não da falta de investimentos e de políticas adequadas para a educação pública.

Retaliação

O SindUTE afirma que a Prefeitura de Contagem tem adotado uma postura autoritária ao ameaçar cortar o ponto de trabalhadores que estão em mobilização legítima. 

O sindicato reforça que paralisar, reduzir carga horária e fazer greve são direitos garantidos pela Constituição Federal, e que nenhum profissional deve ser punido por lutar por melhores condições de trabalho e ensino.

A indignação da categoria cresceu ainda mais depois que o governo municipal gostou milhões em campanhas publicitárias em várias TVs abertas, em horários nobres e nas redes sociais, para promover uma imagem da educação municipal que não condiz com a realidade enfrentada nas escolas.

Outro ponto levantado pelos trabalhadores é que a prefeitura tem terceirizado e precarizado a educação pública de Contagem, com medidas que favorecem a uberização do ensino, sem garantir estabilidade ou condições adequadas para o trabalho pedagógico.

O SindUte afirma que a Assembleia Geral será fundamental para definir  os rumos do movimento e uma possível greve caso a prefeitura mantenha a ameaça de corte de ponto e siga ignorando as reivindicações.

Serviço:

Ato e Assembleia Geral dos Trabalhadores da Educação de Contagem

Câmara Municipal de Contagem
Terça-feira (25/03), 8:30h (Ato) e 14h (Assembleia)


Fonte: Assessoria de imprensa
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