Foto: BBC
Uma onda de ataques aparentemente coordenados deixou ao menos 63 mortos e 185 feridos em Bagdá nesta quinta-feira, elevando os temores de uma escalada na violência sectária, em meio a uma crise política no Iraque e quatro dias depois da retirada militar americana do país.
Segundo o Ministério do Interior, 14 alvos foram atingidos em diferentes partes - xiitas e sunitas - da cidade, incluindo uma escola. Muitas das bombas foram detonadas na hora do rush, quando muitos iraquianos estavam indo ao trabalho.
Trata-se da pior série de ataques com bombas nos últimos meses no país, e nenhum grupo assumiu a autoria dos atentados pouco depois de sua realização.
Para analistas, porém, o nível de coordenação sugere uma capacidade de planejamento possuída apenas pela Al-Qaeda iraquiana, que abriga principalmente insurgentes sunitas.
A violência no Iraque vinha declinando, após um pico entre 2006 e 2007 durante a guerra combatida pelos EUA. Agora que as últimas tropas americanas deixaram o país, supostamente pondo fim à guerra, o medo é de que as forças de segurança iraquianas não sejam capazes de conter os conflitos sectários e de que a instabilidade política derive em uma guerra civil.
Fonte: BBC