Data de publicação: 11-04-2014 00:00:00

O maravilhamento diante da arte, o maravilhamento diante da vida

Centro de Integração Empresa Escola de Minas Gerais -  CIEE

Foto: Divulgação

¹Sandra Mara de Araújo Rodrigues
²Vilmar de Carvalho Vilaça
³Cristina Cheib
4Ricardo Ferreira Medeiros

A exigência de sentido é algo inesgotável por querer sempre mais, numa exigência de realização, exigência de ser - e está presente a cada decisão da vida, mostrando-se num conjunto de evidências que nos tornam parte de algo maior.

Nessa discussão, será tomada como base os textos de Giussani e Adélia Prado , que abrem o campo para uma reflexão acerca deste maravilhamento diante do cotidiano e da realidade, que faz da própria vida uma experiência artística e de sentido.

No texto de Adélia Prado percebe-se o relato da experiência profunda e significativa; em Giussani, a possibilidade de traçar alguns conceitos sobre essa experiência humana. Na integração de ambos os textos, compreende-se como o senso religioso pode ser fundamental na experiência humana, tornando-se essencial conhecê-lo e reconhecê-lo em sua importância para a psicologia da pessoa.

Na prática clínica nos deparamos com pessoas nas quais este sentido último, este maravilhamento, este “senso religioso” está tão embaçado - e negligenciado - que aparentemente acreditaremos não existir. Especialmente naquelas pessoas que reconhecem na vida a inexistência de sentido e até prefeririam morrer. No entanto, até mesmo o vislumbrar da destruição da própria vida apenas surge quando a vida que se vive não é o que deveria ser, não se traduz em algo que manifeste este maravilhamento, e a busca de sua destruição é no fundo um querer que fosse diferente, que o almejado existisse.

O resgate deste sentido último é fundamental nestes casos. Ao nosso ver, possibilitando este resgate, cria-se a possibilidade de luta diante da vida, do estabelecimento de um projeto, da vontade de viver e vê-lo aos poucos sendo realizado. Mas, nunca completamente realizado, pois a dinâmica é sempre de expansão e o crescimento é sempre possível e cada vez maior.

Em Adélia percebemos o senso religioso nas coisas mais simples - e por isso mesmo artísticas – da vida. Um sorriso, um pôr-do-sol, uma nuvem se desfazendo em chuva, um ser humano que se sente bem, uma pergunta, um ser humano que sofre, todas manifestações da possibilidade do maravilhamento, desde que, diante deles, deixemos emergir a pergunta fundamental – por quê – e a exigência fundamental – o sentido, a plenitude, a felicidade.

O sentido vem do interior da pessoa, de seu projeto, de sua mais profunda reflexão e experiência. De suas exigências. O que faz toda a diferença é a descoberta deste “senso religioso” a cada momento da vida, uma possibilidade de crescimento e realização que nasce de uma exigência de ser.

¹Psicóloga e Comunicadora Social formada pela UFMG. Psicoterapeuta, Mediadora de Conflitos e Orientadora Familiar

²Mestrando em Educação pela PUC Minas e Especialista em Aprendizagem Cooperativa – UCB Brasília. Professor de Língua Portuguesa, licenciado pela UFMG e Coordenador do Núcleo de Extensão da Nova Faculdade; Contagem, Minas Gerais, Brasil

³Mestre em Educação; Professora de Regime Parcial e Coordenadora do Núcleo de Extensão da Nova Faculdade; Contagem; Minas Gerais; Brasil; cristinacheib@novafaculdade.com.br

4Especialista em Metodologia de Ensino da Matemática; Professor de Regime Parcial e Coordenador dos Cursos de Administração e Ciências Contábeis; Contagem; Minas Gerais; Brasil; ricardoferreira@novafaculdade.com.br

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GIUSSANI. Capítulos I,V e X: Primeira Premissa: Realismo; O Senso Religioso: sua natureza; Como despertar as perguntas últimas. Itinerário do Senso Religioso.

MASSIMI, Marina e MAHFOUD, Miguel. Diante do Mistério: psicologia e senso religioso. Arte como experiência religiosa. São Paulo: Loyola, 1999.

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