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Nesta sexta-feira – 17 de abril – é celebrado o Dia Mundial da Hemofilia, um distúrbio genético e hereditário que afeta a coagulação do sangue.
Os sintomas mais comuns da hemofilia são os sangramentos prolongados. Esses sangramentos podem ser externos, como quando ocorrem cortes na pele, ou internos, quando o sangramento ocorre dentro das articulações, dentro dos músculos ou em outras partes internas do corpo.
As pessoas com hemofilia grave podem ter sangramentos espontâneos nas articulações ou nos músculos. As articulações mais acometidas são joelhos, cotovelos e tornozelos. Como a coagulação nessas pessoas é muito lenta, ocorre grande derramamento de sangue nessas regiões provocando inchaço e dor.
A Federação Brasileira de Homofilia desvenda mitos e verdades sobre o transtorno genético:
1 - A coagulopatia é muito grave em todas as pessoas: MITO. A hemofilia é caracterizada pela falta de produção de um dos 13 fatores de coagulação do sangue e pode ser caracterizada como grave, moderada ou leve.
2- Existem dois tipos de hemofilia: VERDADE. A hemofilia é classificada em dois tipos: a hemofilia A, ocorre pela falta ou diminuição da produção do Fator VIII de coagulação, atinge um a cada 10.000 meninos nascidos vivos, já a hemofilia B, é diagnosticada pela ausência ou baixa produção do Fator IX e é mais rara. Atinge um a cada 35.000 meninos.
3 - O Brasil é o terceiro maior país do mundo em pessoas com coagulopatias: VERDADE. O país está atrás apenas de Estados Unidos e Índia e tem 6,3% da população mundial com hemofilia A.
4 – A hemofilia é transmitida de mãe para filho: VERDADE. A coagulapatia é transmitida de mãe para filho ou filha, e também de pai para filha, pois o gene da hemofilia fica no cromossomo sexual X. A portabilidade da mãe pode ser diagnosticada por meio de exames genéticos que desde janeiro de 2014 passaram a ser cobertos por planos de saúde, segundo norma da Agência Nacional de Saúde, a ANS.
5 – A mulher pode ser portadora do gene da hemofilia: VERDADE. Uma mulher portadora do gene da hemofilia não a manifesta e pode conceber um filho com 50% de chance de ter hemofilia e caso o bebê seja menina, a mesma tem 50% de chance de ser portadora do gene, assim como a mãe.
6 - Não é transmitida por transfusão de sangue: VERDADE. Além disso, não é contagiosa, não se transmite pelo ar ou por ter contato com o sangue de uma pessoa com a coagulopatia.
7 – A hemofilia pode ser hereditária ou por mutações genéticas: VERDADE. 2/3 são casos genéticos por hereditariedade e 1/3 por mutação genética. Existem mais de 1000 tipos de mutações genéticas para a hemofilia.
8 - Animais também podem ter hemofilia: VERDADE.
9 – Sem a profilaxia, a pessoa corre risco de sequelas graves e até a morte: VERDADE. Caso a pessoa ou criança com hemofilia esteja sem o Fator de coagulação no organismo preventivamente e sofrer alguma queda, batida ou corte, deve ser encaminhada imediatamente ao hemocentro mais próximo. Se não tiver atendimento adequado, dependendo do local e da gravidade do sangramento, pode correr risco de vida.
10 – Com o tratamento preventivo, a pessoa com hemofilia tem vida normal: VERDADE. Hoje, uma pessoa com hemofilia pode ter uma vida normal e exercer seu papel na sociedade ao frequentar escolas, universidades e ter uma rotina de trabalho diária, fazendo atividades físicas e esportes. Basta fazer o tratamento preventivo, a profilaxia, que está disponível em todos os Centros de Tratamento de Hemofilia do Brasil, gratuitamente. Ela proporciona aumento de 80% da qualidade de vida. Procure seu hematologista!
Outras informações podem ser adquiridas pelo site da Federação Brasileira de Hemofilia ou pela Fan Page.
Fonte: Federação Brasileira de Hemofilia e RSPress