Data de publicação: 06-06-2015 00:00:00

Herpes-Zóster, conheça a doença

Jornal Diário de Contagem On-Line
Foto: Wikimedia 

Com o objetivo de conscientizar e incentivar os cidadãos a buscar orientação médica, começou na última quarta-feira (4), uma campanha educativa.

A campanha intitulada “Entenda o Zóster” tem o apoio da Sociedade Brasileira de Geriatria e Gerontologia (SBGG) e será veiculada nacionalmente nos meses de junho e julho.

A ação tem a missão de alertar e informar sobre a doença pouco conhecida pela população. Segundo a SBGG, 95% das pessoas carregam o vírus varicela-zóster, o mesmo vírus que, na infância, provoca a catapora. 

A doença

O herpes-zóster é conhecido popularmente como cobreiro e se manifesta com lesões na pele semelhantes a bolhas associadas a dor aguda apenas de um lado do corpo, principalmente na região do tórax, abdome e rosto (perto dos olhos). 

Segundo João Bastos Freire Neto, presidente da SBGG, após a primeira infecção pelo vírus varicela-zóster, ele permanece adormecido dentro do organismo e é reativado quando há queda da imunidade ou à medida que a pessoa envelhece.

Sintomas 

Os primeiros sintomas do zóster podem ser tratados com medicamentos como antivirais e analgésicos, sendo que a imunização previne a doença. 

A característica mais marcante relatada por 96% dos pacientes acometidos pela doença é a dor aguda e debilitante, sendo que para algumas pessoas, essa dor intensa pode durar meses e trazer dificuldades de realizar atividades cotidianas como tomar banho, se vestir ou até secar o cabelo. 

O quadro agudo do herpes-zóster dura, em média, um mês, mas as suas complicações podem ser permanentes. A dor crônica, mais conhecida como nevralgia pós-herpética, pode persistir por meses a anos. 

“A população idosa deve ter atenção redobrada, pois, nessa faixa etária, existe maior propensão de desenvolver a doença que causa dor intensa e impacta enormemente na qualidade de vida”, esclarece Freire Neto. 

Dados dos Centers for Disease Control and Prevention (CDC) mostram que 1 a cada 3 pessoas desenvolverá herpes-zóster durante a vida, chegando a 50% entre os indivíduos que atingem os 85 anos de idade. 

Qualidade de vida 

O impacto geral do herpes-zóster na qualidade de vida do indivíduo é comparável com outros problemas de saúde como insuficiência cardíaca, diabetes, ataque cardíaco e depressão. 

Isso porque a doença pode deixar cicatrizes, provocar pneumonia, fraqueza muscular, paralisia motora e perda de audição. De 10% a 25% dos pacientes podem ter comprometimento ocular e, desses, 75% terão complicações como ceratite (a 1ª causa infecciosa de cegueira corneana nos países desenvolvidos), úlcera de córnea, queda da pálpebra e aproximadamente 7% terão perda visual significativa. 

Além disso, pode deixar sequelas como a neuralgia pós-herpética (mais conhecida como nevralgia, que é uma condição dolorosa que afeta fibras nervosas da pele e que pode durar de 3 meses a vários anos). 

Incidências 

Nos Estados Unidos, ocorre cerca de um milhão de casos novos de herpes-zóster por ano. Aproximadamente 4% resultam em hospitalização, gerando um gasto médio de 3,2 mil a 7,2 mil dólares por episódio. 

No Brasil não há estudos específicos, mas uma consulta ao Sistema de Informações Hospitalares do SUS (SIH/SUS) mostrou que, a cada ano, registram-se cerca de 10 mil internações causadas por complicações do vírus varicela-zóster. Quando se examina a mortalidade, cerca de 80% ocorre nos indivíduos com mais de 50 anos de idade.   

Para diminuir o risco de complicações após os 50 anos, é muito importante consultar um médico e iniciar o quanto antes o tratamento e cuidados médicos. Evidências científicas mostram que o início do tratamento nas primeiras 72 horas, reduz as complicações do herpes-zóster. 

Prevenção

Em termos de prevenção, hoje existe uma vacina que reduz a chance de ter herpes-zóster e sua complicação mais frequente que é a dor crônica. Outros avanços na prevenção e tratamento da doença estão em fase de pesquisa, como o desenvolvimento de novas vacinas e procedimentos para redução da dor crônica associada ao herpes-zóster. 

Um website dedicado ao tema foi lançado: www.entendaozoster.com.br

Fonte: Assessoria da SBGG
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