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O evento de inauguração aconteceu nesse sábado (22), em frente à nova Unidade de Pronto Atendimento com a presença de políticos, empresários e usuários do Sistema Único de Saúde – SUS. A assessoria de comunicação chegou a anunciar a presença do governador de Minas Gerais, Fernando Pimentel, mas ele não compareceu.
Ainda segundo a prefeitura, nova unidade terá capacidade de 12 mil atendimentos por mês, quase o dobro do antigo UPA JK. Para isso foram investidos cerca de R$ 9 milhões nas obras, sendo R$ 7 milhões dos cofres municipais e R$ 2 milhões do governo federal.
São 2.500 metros quadrados de área construída, em três andares, 42 leitos para o atendimento à população, oito leitos de emergência, que devem funcionar todos os dias da semana, 24 horas por dia. A prefeitura afirma que serão dez médicos plantonistas, clínicos, cirurgiões, ortopedistas e pediatras, 107 profissionais, entre enfermeiros, técnicos de enfermagem, farmacêuticos, técnicos de segurança do trabalho, assistentes sociais, dentistas e auxiliares administrativos.
De acordo com o prefeito, Carlin Moura, a novidade será o atendimento odontológico de urgência. Segundo ele, o serviço será feito em consultório específico, por um dentista e um auxiliar, de segunda a sexta-feira, das 19hàs 7h, e 24 horas aos finais de semana e feriados.
A Secretaria Municipal de Saúde, a nova unidade terá duas salas para classificação de risco, seis consultórios médicos para adultos e crianças, sala de raio-X e sala de eletrocardiograma. A expectativa da SMS é que sejam realizados na nova unidade, 2.500 radiografias e cerca de 8 mil exames laboratoriais, por mês.
Terceirização
Segundo o próprio secretário de Saúde, Evandro Silva, foi firmado contrato com a Organização Social de Saúde Hospital e Maternidade Therezinha de Jesus (OSS HMTJ), após processo de chamamento público. O contrato tem prazo inicial de 12 meses, podendo ser renovado por até 5 anos. Ainda segundo o secretário, o modelo de OSS é amparado em legislações municipal, estadual e federal, e o objetivo é trazer mais eficiência e agilidade à gestão da UPA JK.
"Grandes cidades do país, além de estados brasileiros, já utilizam as OSSs como modelo de gestão de hospitais e UPAs. É uma modalidade de gestão inovadora, o foco do modelo de gerenciamento por OSS é trazer mais qualidade e eficiência ao serviço público de Saúde", explica o secretário.
O secretário ressalta que os profissionais do antigo UPA JK, os funcionários efetivos, terão seus direitos garantidos e vão continuar a prestar serviço na Rede Pública de Saúde. Mas segundo um dos funcionários que não quis identificar, nenhum deles foi aproveitado na nova unidade.
Representantes do SindUte e o SindSaúde estiveram na inauguração para protestar contra as terceirizações. Cartazes, faixas e palavras de ordens foram gritadas em um megafone. Segundo os sindicatos, a terceirização é uma forma de precarização da mão-de-obra.
Qualidade no atendimento
Ainda segundo o secretário, para assegurar um serviço mais humanizado, a gestão da UPA JK contará com um Comitê de Humanização, responsável por atender os pacientes desde o acolhimento até a alta. A visita será ampliada para pacientes em observação, a adoção de protocolo de segurança do paciente, a aplicação de pesquisa de satisfação, entre outras ações.
Decoração
A renomada artista plástica Yara Tupynambá pintou um painel de 10 m x 2,15 m que conta a história da cidade afixada na sala de espera na nova UPA.
“Espero que muitas crianças em idade escolar tenham acesso ao local para aprender a história da cidade pela arte. Conservar a memória e estimular o conhecimento da sua própria origem é uma ação inteligente”, ressaltou Yara.
UPA ao lado de uma escola
A obra da nova UPA JK foi lançada em outubro de 2011 pela ex-prefeita Marília Campos, pelo secretário municipal de Saúde, Eduardo Caldeira Penna e pelo secretário municipal de Obras, Leonardo Borges.
"Queremos entregar a obra antes do final do mandato e vamos garantir que a estrutura da UPA seja de qualidade. A nova UPA JK será construída na área central da Avenida João César de Oliveira, ao lado da Escola Estadual Firmo de Mattos, local de fácil acesso para os moradores de Contagem”, disse a então prefeita Marília Campos.
Atualmente muitos criticam o local onde a nova UPA JK foi construída. Uma unidade de saúde localizada na principal avenida da cidade onde não se pode nem parar veículos como será o tráfego de ambulâncias e o desembarque de pacientes levados em carros particulares?
Um pronto socorro ao lado de uma escola não poderá representar riscos de contaminação? O barulho do trânsito intenso pode incomodar os doentes? E as sirenes das ambulâncias, pode tirar a atenção dos estudantes? Parece que nada disso foi pensado antes de iniciar a obra.
