Data de publicação: 17-09-2015 00:00:00

Funcionário do HMC confirma a suspeita da super bactéria

Jornal Diário de Contagem On-Line
Foto: Robson Rodrigues

Segundo uma servidora que prefere não se identificar, no Hospital Municipal de Contagem falta higiene e os procedimentos capazes de evitar contaminações, não são feitos diariamente para conter despesas.

Ainda de acordo com a funcionária que tem acesso ao Centro de Tratamento Intensivo – CTI, a super bactéria pode ser a causa morte de três pacientes recentemente.

 “A falta de materiais para procedimentos básicos, higiene e a má gestão, contribuem para a contaminação e proliferação da Klebsielle pneumoniae carbapenemase (KPC), mais conhecidas como super bactéria”. 

Estrutura

“A situação é lamentável. Sem estrutura e equipamentos para atender os pacientes da forma correta, o s os profissionais de saúde também ficam exposto ao risco de contaminação. Os capotes, essenciais para manipulação dos doentes, há pouco tempo começaram a ser usados.” 

“Cinco pacientes foram isolados do CTI após os três óbitos, mas a medida não é suficiente diante da gravidade da situação. Pacientes com diarreia ficam até ás 23 horas sem tomar banho, por causa da falta de roupas de cama. Nesse caso precisamos priorizar os pacientes mais graves”.

Ainda segundo a funcionária, os nebulizadores que deveriam ser substituídos a cada três dias de uso, são utilizados por até dois meses.

“O CTI não é organizado da forma como deveria, faltam biombos para separar os doentes e o descarte dos fluidos é realizado de maneira irregular. A diurese dos pacientes é descartada em um mesmo vidro, mas o correto deveria ser um vidro por paciente”. 

Exames de rotina

A servidora relata também que houve a suspensão dos exames rotineiros em pacientes que chegam de outros hospitais ou naqueles que trocam de setor.
 
“A Coordenação de Controle de Infecções Hospitalares – CCIH ordenou a suspensão do exame “Suade”, fundamental para saber quais bactérias o paciente possui. A justificativa é o corte gasto e o exame só pode ser feito com autorização da coordenação”. 

Sem se identificar, temendo represálias, a funcionária conta que os riscos de contaminação podem chegar até os familiares dos servidores. 

 “Os kits de roupa de cama não são mais fornecidos. Somos obrigados a trazer lençóis de casa para usarmos aqui. Ao levarmos os lençóis novamente para casa estamos expondo os nossos familiares ao risco”, finaliza a funcionária que completa, “o lanche, leite com pão, também foi cortado”. 

Nota da Prefeitura de Contagem

A Secretaria Municipal de Saúde afirma que não há casos confirmados de contaminação. Os casos suspeitos de contaminação com a bactériaKlebsiella pneumoniae, passam por exames laboratoriais, em aguardo de teste molecular.

Uma das medidas preventivas nesses casos, preconizadas pela OMS e Ministério da Saúde, é o isolamento dos pacientes suspeitos. Para isso, uma ala do CTI foi separada, fisicamente, para o acompanhamento desses pacientes. Para garantir o atendimento à população, uma outra unidade no hospital está sendo preparada para funcionar como UTI, admitindo pacientes não suspeitos de contaminação.

Existe no Hospital Municipal de Contagem uma comissão permanente de Controle de Infecção Hospitalar que toma todas as medidas cabíveis, seguindo critérios estabelecidos pelo Ministério da Saúde. Essa comissão realiza medidas preventivas e, quando necessário, terapêuticas, para controle de infecções, comuns em todas as instituições hospitalares, que podem, vez ou outra, variar seus indicadores.

A direção do HMC está tomando todas as medidas preconizadas pela Vigilância de Saúde estadual, Ministério da Saúde e Organização Mundial da Saúde, como:

- Isolamento físico dos pacientes suspeitos; 
- Máxima adesão às medidas de precaução de contato e higienização das mãos em todos os setores do HMC; 
- Desinfecção terminal e concorrente rigorosas em todos os leitos do CTI e demais setores do HMC; 
- Aumento do número de treinamentos sobre precauções de contato; 
- Higienização das mãos e Uso criterioso de carbapenêmicos em todos os setores do HMC;
- Os pacientes com casos suspeitos recebem banho de clorexidina 2% dos pés até o nível da mandíbuladiariamente.

Ressaltamos que o Hospital Municipal continua realizando cirurgias em suas dependências, adotando medidas necessárias e rotineiras a bactérias sem risco aos pacientes;

As visitas continuam sendo realizadas normalmente, respeitando parâmetros de segurança hospitalar para cada caso.


Prefeitura Municipal de Contagem


Foto: Robson Rodrigues
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