Data de publicação: 07-02-2016 00:00:00

Artigo - À medida que envelhecemos, sentimos como somos vulneráveis.

Jornal Diário de Contagem On-Line
Foto: OAB
 
Artigo - O tempo é inexorável. À medida que envelhecemos, sentimos como somos vulneráveis. A saúde física e mental representa um valor ou uma condição acima do dinheiro. Não adianta ser rico e ter a saúde debilitada.

“Há duas épocas na vida, infância e velhice, em que a felicidade está numa caixa de bombons”, Carlos Drummond de Andrade.

Qualquer doença, que nos incomode, causa um tipo de pânico, pois pode desencadear outros males, principalmente espirituais. A pessoa temente a Deus sente-se mais confortada, as demais se desesperam. 
         
Chego à conclusão que a hipocondria é mais grave do que qualquer doença, pois gera insegurança. O hipocondríaco se atormenta com qualquer bula de remédio. Adquire, psicologicamente, todos os sintomas de hipotética doença.  

Muitas pessoas velhas tendem a cair nas teias da hipocondria, algumas, por puro medo da morte, outras, por se sentirem abandonadas pelos seus descendentes, que priorizam as atividades profissionais e se esquecem de suas raízes.  
 
Velhice não é doença. Muito pelo contrário. Velhice é saber e poder viver com dignidade. A maturidade nos faz gostar das coisas simples, de retornar às origens e de usufruir de ambientes saudáveis.

Gosto, portanto, de pessoas na terceira idade que tenham a ousadia de fazer o que bem entendem, sejam donas de seu nariz e cometam imprudências.

Temos de demonstrar toda a paciência do mundo para ouvi-las, mesmo que os causos relatados sejam repetitivos e sem sentido. O bom humor é o melhor remédio para curar males do corpo e do espírito.

Todo mundo gosta de carinho e de receber presentes. Quebrar certas regras faz parte do jogo da vida. 

Dar presentes é uma tradição cristã que exige criatividade. A caixa de bombons é uma solução barata, que pressupõe um ritual entre a pessoa mais velha e aquele que presenteia.

Trata-se do direito de mandar as diabetes às favas e se lambuzar de felicidade com o gosto divino de cacau que se irradia nas mãos e contamina todo o corpo.

Por: Mário Lúcio Quintão Soares

Advogado e cronista do cotidiano, graduado em Direito (1977), mestrado em Direito (1995) e doutorado em Direito (1998), pela UFMG. 

Atualmente é professor adjunto III da PUC MG, consultor da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES), vice-presidente da Comissão de Estudos Constitucionais do Conselho Federal e Conselheiro Federal da OAB, e membro do Instituto dos Advogados de Minas Gerais (IAMG). 

Especialista em Direito Constitucional, Comunitário e Eleitoral, cm atuação no Mercosul, União Européia, Teoria do Estado e Direitos Humanos e Internacional.


Facebook: www.facebook.com/prof.mariolucioquintaosoares
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