Por: Iêva Tatiana
A partir das 7h desta quinta-feira (31), os servidores da Saúde de Contagem darão início a uma paralisação de 48 horas no município. A categoria optou pela suspensão das atividades depois da recusa do governo em negociar o reajuste salarial.
Às 9h, haverá panfletagem e protesto em frente ao Fundo de Previdência dos Servidores do Município de Contagem (Previcon). Segundo a diretoria do Sindicato Único dos Trabalhadores da Saúde da cidade (Sind-Saúde), os servidores tentarão conversar com o presidente da instituição para cobrar pagamentos que deveriam ter sido feitos neste mês.
“Amanhã é o último dia, mas tivemos informações de que não vamos receber em março”, adiantou uma fonte do sindicato, que preferiu não ser identificada.
Na próxima sexta-feira (1º), está prevista uma assembleia na Praça Iria Diniz, às 9h.
Adesão em massa
De acordo com o Sind-Saúde, vários trabalhadores manifestaram apoio à paralisação e garantiram que vão aderir ao movimento. A expectativa é de que a maior parte dos servidores suspenda os trabalhos até as 7h do próximo sábado (2).
“Não temos como antecipar quantas pessoas vão se juntar a nós, mas esperamos que seja a maior parte do funcionalismo da Saúde. O problema é que o governo faz muita pressão e ameaça cortar salários, para que a paralisação não aconteça”, afirmou um membro da diretoria de entidade de classe.
Funcionamento parcial
A orientação do Sind-Saúde aos servidores é de que as unidades de atendimento básico não funcionem durante a paralisação. Já as Unidades de Pronto Atendimento (UPA), urgência, emergência e hospitais devem manter um quadro de, pelo menos, 30% dos funcionários.
As principais reivindicações dos servidores da Saúde são recomposição da inflação de 2015 e de 2016, reajuste de 40% para técnicos de enfermagem e de 30% para as demais categorias, além de melhores condições de trabalho.
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