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Se com a chegada do inverno e do clima seco você costuma recorrer às cápsulas efervescentes de vitamina C para prevenir gripes e resfriados, talvez seja necessário rever esse hábito. 

Apontamento da Sociedade Brasileira de Medicina de Família e Comunidade (SBMFC) mostrou que não existem evidências científicas que comprovem a relação do uso do nutriente com a prevenção das doenças virais típicas da estação, inclusive, as porvocadas pelos vírus Influeza (como o H1N1).

A conclusão da SBMFC partiu da revisão sistemática do Cochrane Database of Systematic Reviews. Foi constatado, então, que participantes de um estudo que ingeriram, pelo menos, 0,2 grama de vitamina C diariamente não tiveram modificação na incidência de resfriados.

Outra abordagem da revisão mostrou que, entre mais de 9 mil participantes, o consumo do nutriente provocou apenas a redução da duração dos sintomas.

“Nos anos 70 passou a ser amplamente divulgado que a vitamina C poderia prevenir ou até mesmo tratar resfriados, porém isso passou a ser questionado e mais estudado recentemente. Uma revisão sistemática da Cochrane, que incluiu vários estudos comparativos, envolvendo mais de 11 mil pessoas, concluiu que o efeito preventivo ou curativo da vitamina C não passa de um mito", explica o diretor de comunicação da Sociedade, Rodrigo Lima.