Foto: Polícia Civil/Divulgação

 
Foi preso nesta quarta-feira (24) um dos suspeitos de envolvimento na morte da auxiliar de apoio administrativo do Ministério Público Lilian Hermógenes da Silva, de 44 anos, no bairro Jardim Industrial, em Contagem.
 
Artur Campos Resende, de 49, é advogado, ex-marido da vítima e apontado como mandante do crime, ocorrido na última terça-feira (23). Segundo a Polícia Civil de Minas Gerais (PCMG), Lilian saía de casa para o trabalho quando dois homens em uma moto atiraram contra a cabeça dela.
 
A dupla ainda levou a bolsa da vítima, na tentativa de simular um assalto, e abandonou a moto na mesma região – ela havia sido roubada dois dias antes, em Betim. Os homens fugiram em uma Saveiro vermelha.
 
De acordo com a PCMG, Lilian e Resende estavam separados desde o último dia 7, quando ela entrou com pedido de medida protetiva contra o ex-marido – deferida pela Justiça no dia 11.
 
Conflitos
 
Junto há 16 anos, o casal tinha dois filhos, de 12 e de 10 anos. Conforme o delegado responsável pelo inquérito, Alexandre Oliveira, desde 2011 Lilian e Resende tinham uma relação conflituosa, por causa da independência financeira conquistada por ela após aprovação no concurso do Ministério Público.
 
Segundo Oliveira, como o homem não tinha renda fixa, muitas das despesas familiares eram custeadas somente pela vítima. Em novembro último, Lilian já teria tentado se separar, mas sofria torturas psicológicas e até agressão física do suspeito.
 
“Lilian era oficial na Promotoria de Justiça de Defesa da Mulher. Talvez por trabalhar nessa área ela tivesse vergonha de ela mesma ser vítima de violência doméstica”, ressaltou o delegado.
 
De acordo com a PCMG, três dias antes do crime, Resende foi visto nas imediações da casa da mãe de Lilian, onde ela estava morando desde a separação. O comportamento do ex-marido levantou suspeitas da polícia de que ele tenha sido o mandante do assassinato.

Qualquer informação que possa ajudar a PCMG a identificar os executores do crime pode ser comunicada pelo telefone 197 ou pelo Disque Denúncia (181), de forma anônima.