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Professores, supervisores e direção da Escola Municipal Vereador Jésu Milton dos Santos, do bairro Industrial, em Contagem, promovem encontros com a comunidade estudantil para discutir sobre bullying, racismo e violência contra a mulher.
 
Segundo a direção, os encontros que fazem parte dos projetos “Mães que acolhem” e “Nossas Raízes Africanas” acontecem mensalmente. As famílias dos estudantes são recebidas pelos funcionários da escola e convidados para um cinema com chá e cafezinho, antes das rodas de conversa.
 
Bullying e violência
 
A iniciativa utiliza diferentes estratégias para aproximar às famílias do ambiente estudantil. O desafio é lidar com o  bullying, racismo e a violência contra a mulher.
 
De acordo com a diretora Magda Antunes e a professora de Inglês Mylene Aguiar, o projeto “Mães que acolhem” tem o objetivo de aproximar a comunidade à realidade da escola. “A iniciativa visa incentivar adultos, crianças e adolescentes para que saibam exercer a cidadania e tenham consciência dos direitos”, explicam.
 
Racismo
 
Já o projeto “Nossas Raízes Africanas” trabalha para reconhecer e valorizar a cultura negra e indígena dentro do currículo escolar. As atividades acontecem dentro e fora da sala de aula como forma de valorizar, reconhecer e aceitar a identidade étnica racial.
 
As rodas de conversa provocam mudanças na autodeclaração de pais e alunos que não conseguem reconhecer “a real matriz étnico cultural” e se declaram “não negros” ou “não pardos” no ato da matrícula escolar.
 
“A afirmação da identidade ajuda no enfrentamento ao racismo na sala de aula e nas relações interpessoais. Nos ajuda também a combater o bullying e preconceitos de ordem racial,” explicou Magda Antunes.
 
Ainda de acordo com a diretora, essas atividades contribuem para uma educação de qualidade e mais humana. “Percebemos que a cumplicidade e a interação entre mãe, pais, filhos e colegas, melhora o desempenho escolar e posturas pessoais”, finalizou.
 
Segundo dados do IBGE de 2015, as mulheres sustentam sozinhas 40,2 % dos domicílios no Brasil. Também são elas, em sua maioria, as responsáveis direta ou indiretamente pelo acompanhamento escolar dos seus filhos.