Helicóptero da PM já realizou mais de 14 horas de voo nas buscas do R44 desaparecido na Serra do Mar.
Foto: CAVPM
Foto: CAVPM
Aeronave modelo Robinson R44 II havia desaparecido há 12 dias, na véspera do Ano Novo. As forças de segurança se uniram e as buscar terminaram nesta sexta-feira (12), por volta das 9h, quando o helicóptero foi encontrado com quatro vítimas fatais.
Corpos de ocupantes de helicóptero foram encontrados pela Polícia Militar (PM), junto aos destroços em meio a mata fechada, no município de Paraibuna, no Vale do Paraíba.
O helicóptero Robinson 44 saiu do Campo de Marte por volta das 13h15 do dia 31 de dezembro, com destino a Ilhabela, com o piloto e três passageiros, Luciana Rodzewics, de 45 anos; a filha Letícia Ayumi Rodzewics Sakumoto, de 20 anos; e Rafael Torres, amigo da família que fez o convite para o passeio.
A aeronave foi localizado pelo Águia 24, da PM e a equipes de resgate estão no local. As buscas estavam sendo feitas pela Força Aérea Brasileira, Polícia Militar, Polícia Civil e o Corpo de Bombeiros de São Paulo.
As equipes de buscas sobrevoaram a região da Serra do Mar, entre o litoral norte e o Vale do Paraíba, principalmente sobre as cidades de Paraibuna, Natividade da Serra, Redenção da Serra, Salesópolis e Caraguatatuba.

Imagem: rostik924/Shutterstock Modelo do hleicóptero que caiu em São Paulo
Robinson R44
Projetado para transporte executivo, passeio, turismo e coberturas jornalísticas, o Robinson R44 é um helicóptero seguro e bastante utilizado, mas o modelo Robinson 44 não tem os equipamentos adequados que poderiam ajudar o piloto a navegar sem visibilidade.
A demora no trabalho de buscas também pode ser explicada pela ausência de outro item essencial: o chamado ELT, localizador que emite sinais de emergência em caso de colisão ou impacto.
“Quando não tem instrumentos para voo dentro das nuvens, o piloto, tende a se desorientar espacialmente, ele perde a noção se está subindo, descendo, virando para um lado ou para outro”, explicou Rodrigo Duarte, ex-presidente da Associação Brasileira de Pilotos de Helicóptero - Abraphe.
O piloto do helicóptero Cassiano Tete Teodoro, de 44 anos, insistiu no voo sob a neblina da Serra do Mar, na região do Vale do Paraíba, em São Paulo e sumiu na véspera do Réveillon.
Cassiano não era habilitado e nem tinha preparo para voar dentro de nuvens, o voo por instrumentos. A aeronave também não era certificada para esse tipo de viagem.

Foto: PMESP Município de Paraibuna, no Vale do Paraíba
“O manual manda tentar pousar e ficar no chão. Ele pousou, mas depois decolou, uma loucura. Ele não tinha que sair do chão, tinha que ficar lá, porque a região estava rodeada de nevoeiro”, frisou Rodrigo Duarte.
De acordo com a Agência Nacional de Aviação Civil - Anac, a aeronave tem como operadora oficial a Companhia Brasileira de Aviação, registrada sob o nome CBA Investimentos Ltda, cujo sócio administrador é Cassiano Teodoro, ao lado de familiares. A propriedade do helicóptero é da mãe dele e da RGI Locações Ltda, que, inicialmente, não tem vínculo com o piloto.
Fonte: Agência Brasil