Nesta quarta-feira (2), manifestantes de esquerda fizeram um protesto em frente à sede do Legislativo contagense, contra o aumento das tarifas de transporte público, decretado dia 27/12/2024.
O reajuste, que elevou o valor das passagens de R$ 6,00 para R$ 6,40, gerou indignação nos usuários. O ato ocorreu momentos antes da cerimônia de posse dos vereadores e da prefeita reeleita Marília Campos (PT).
Com faixas, cartazes e palavras de ordem, os manifestantes pedem a revogação do aumento, melhorias no transporte coletivo e investimentos em alternativas mais sustentáveis.
Entre os cartazes exibidos, mensagens como “Meu direito de ir e vir custa R$ 6,40” e “Pelo menos 1% do orçamento para tarifa zero e transporte público sustentável” simbolizavam o descontentamento popular.
Outro ponto levantado pelos manifestantes foi a crítica ao aumento de 44% nos salários dos vereadores, aprovado no final do último mandato.
Além disso, o ato trouxe questões relacionadas à preservação ambiental, como a defesa da Várzea das Flores e do Córrego Bom Jesus, bem como a cobrança de IPTU na zona rural.

Justificativas
A Prefeitura de Contagem justificou o aumento das tarifas como uma medida necessária para equilibrar o sistema de transporte coletivo, que enfrenta dificuldades financeiras devido à queda no número de passageiros e ao aumento dos custos operacionais, como combustível e manutenção.
No entanto, os movimentos sociais argumentam que o reajuste prejudica diretamente as classes mais vulneráveis e propõem alternativas, como a revisão de contratos com empresas de transporte e subsídios ao setor.
“Esse aumento é insustentável para quem depende do transporte público diariamente. Precisamos de políticas que priorizem o trabalhador e soluções sustentáveis”, afirmou Fernanda Oliveira, membro do Movimento Passe Livre.

Ambiente do protesto
O ato transcorreu pacificamente, sob vigilância de uma segurança reforçada pela Polícia Militar e pela Guarda Civil Municipal, que monitoraram a situação nos arredores da Câmara Municipal.
Com questões como transporte público, sustentabilidade e políticas fiscais no centro do debate, a gestão da prefeita Marília Campos começa com cobranças intensas por parte da população, evidenciando o papel da participação popular na definição de prioridades políticas.