Foto: Agência Brasil
Em resposta à disseminação de notícias falsas sobre taxação do Pix, a Secretaria de Comunicação Social (Secom) lançará, ainda esta semana, uma campanha publicitária para reforçar a segurança, o sigilo e a gratuidade do sistema de pagamentos instantâneos.
A campanha encomendada pelo ministro Sidônio Palmeira, busca esclarecer a população e desmentir boatos de que o Pix seria tributado.
A publicidade que deve ser veiculada em rádios, emissoras de televisão e redes sociais, tem como objetivo principal combater a onda de desinformação que surgiu após a revogação da instrução normativa da Receita Federal.
A instrução normativa, que entrou em vigor em 1º de janeiro, ampliava o número de instituições obrigadas a reportar transações financeiras, incluindo as realizadas via Pix. A decisão gerou confusão e interpretações equivocadas sobre uma possível taxação.
As peças publicitárias, que estão em fase final de ajustes e aprovação, devem começar a ser veiculadas já nesta quinta-feira ou, no mais tardar, na próxima semana.
A mensagem central da campanha é reforçar que o Pix, desde seu lançamento em 2020, se consolidou como um “patrimônio nacional”, que as informações sobre taxação são falsas e deixar claro para a população que houve uma tentativa de enganá-la.
As quatro agências de publicidade que possuem contrato com a Secom — Calia, Nacional, Nova/SB e Propeg — são as responsáveis pela criação e produção do material da campanha.
O valor total investido na campanha ainda não foi divulgado, pois depende do plano de mídia que está em fase de finalização. No entanto, estima-se que o investimento fique na casa das dezenas de milhões de reais.
Conheça o M-Pesa, sistema semelhante ao Pix, que funciona no Quênia desde 2007

O M-Pesa é um serviço de banco móvel pioneiro, lançado no Quênia em março de 2007 pela Vodafone, através da sua filial Safaricom. O nome combina "M" de mobile (móvel, em inglês) e "pesa" (dinheiro, em suaíli).
Nos primeiros três anos, o serviço atraiu dez milhões de clientes, representando 11% do PIB do Quênia e abrangendo 45% da população adulta do país.
Em 2009, o M-Pesa já contava com 9 milhões de usuários, número que subiu para 14 milhões em 2011, movimentando US$14 milhões por dia e atingindo 68% da população adulta queniana e 81% dos clientes da operadora. A maioria dos usuários era ativa.
O funcionamento do M-Pesa se baseia na troca de dinheiro físico por créditos eletrônicos (e-float) em lojas de varejo que atuam como agentes. Esses agentes recebem uma taxa da Safaricom por cada conversão.
O e-float fica vinculado ao número de telefone do usuário e é acessado por um aplicativo no cartão SIM do celular. Com esse crédito, os usuários podem realizar transferências, comprar créditos de celular ou pagar contas, com um valor máximo de US$800.
O M-Pesa revolucionou o acesso a serviços financeiros no Quênia, especialmente para a população não bancarizada, utilizando uma tecnologia simples e acessível através de celulares.
Comparação entre Pix e M-Pesa


Principais diferenças
Quando foi lançado, para utilizar o M-Pesa não era necessário internet e nem ter conta bancárias, isso é, era realmente gratuito.
No Brasil, o Pix demanda acesso a internet e ter uma conta bancária ativa para utilizar o serviço. O Pix de pessoas físicas não é cobrado taxas, mas o Pix de pessoas jurídicas, esse sim, é cobrado taxas por transação.
Fonte: Agência Brasil e Wikipédia