Foto: Cacá Diegues/Instagram
O renomado cineasta Cacá Diegues, morreu devido a complicações de uma cirurgia, nesta sexta-feira (14), no Rio de Janeiro. A obra do diretor marcou o cinema brasileiro.
A informação sobre o falecimento foi confirmada pela Academia Brasileira de Letras (ABL), onde se tornou imortal em 2018. A causa do falecimento foram complicações decorrentes de uma cirurgia.
Carlos José Fontes Diegues nasceu em Maceió (AL), em 19 de maio de 1940, e mudou-se para o Rio de Janeiro ainda criança. Na juventude, envolveu-se com o cinema enquanto estudava direito na PUC-Rio.
Cacá ajudou a fundar um cineclube que se tornou um dos berços do Cinema Novo, movimento que revolucionou o audiovisual brasileiro ao retratar questões sociais e políticas com um olhar crítico e inovador.
Carreira de impacto
Entre suas principais obras estão "Ganga Zumba" (1964), "A Grande Cidade" (1966), "Os Herdeiros" (1969), "Xica da Silva" (1976), "Bye Bye Brasil" (1980) e "Deus é Brasileiro" (2002). Seu último trabalho como diretor foi "O Grande Circo Místico" (2018).
Durante a ditadura militar, Diegues viveu no exílio, mas seguiu atuante no cinema e na luta pela cultura brasileira. Ao longo da carreira, recebeu prêmios em festivais nacionais e internacionais e, em 2018, foi eleito para a Academia Brasileira de Letras, ocupando a vaga de Nelson Pereira dos Santos.
Legado e despedida
A ABL prestou homenagem ao cineasta, destacou a contribuição do cineasta para a arte e a cultura:
"Sua obra equilibrou popularidade e profundidade artística, abordando temas sociais e culturais com sensibilidade. Durante a ditadura, viveu no exílio, mas sempre manteve-se ativo no debate sobre política, cultura e cinema. A ABL expressa solidariedade à esposa, Renata Almeida Magalhães, e aos filhos."
Fonte: Agência Brasil